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Bolívia exonera mais de 700 militares após protesto

Os militares reivindicam mudanças nas regras que proíbem a promoção de oficiais não comissionados e exigem respeito à Constituição do país, que prevê a igualdade racial e de gênero

25 abr 2014 - 15h26
(atualizado às 15h42)
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<p>Oficiais do Exército boliviano marcham pelas ruas de La Paz, em 24 de abril</p>
Oficiais do Exército boliviano marcham pelas ruas de La Paz, em 24 de abril
Foto: Reuters

O governo boliviano exonerou 702 membros do Exército em resposta a uma marcha de militares não-comissionados. Na ocasião, eles protestavam contra a discriminação sofrida por membros indígenas e contra a demissão de 13 funcionários que teriam se recusado, na segunda-feira, a obedecer ordens e organizado motins. As informações são da agência de notícias France Press.

Cerca de 2 mil  sargentos participaram do protesto usando seus uniformes e cantando hinos de guerra, em caminhada até o centro da capital La Paz.

Os grevistas se queixam do tratamento dado a militares não-comissionados, pertencentes aos povos Aymara e Quechua, por seus superiores. 

Entre as suas reivindicações, estão mudanças nas regras que proíbem a promoção de oficiais não-comissionados, para além do posto de sargento, assim como o ingresso em outras instituições.

"Nós não somos contra o governo", disse o presidente da associação dos oficiais não-comissionados, Johnny Gil. "Somos contra o sistema, este modelo capitalista, neoliberal e colonial instituido dentro das Forças Armadas", completou.

A associação pediu que os militares respeitem uma nova constituição promulgada pelo presidente Evo Morales, e que garante a igualdade racial e de gênero no país sul-americano. 

Greves e protestos foram convocados para a próxima segunda-feira, 28. 

As Forças Armadas da Bolívia contam com 38 mil homens, dos quais 10 mil são oficias não-comissionados.

Fonte: Terra
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