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Cesare Battisti pode ter fugido para a Bolívia, diz jurista

Italiano teve prisão decretada pelo ministro Luiz Fux

18 dez 2018 - 20h36
(atualizado às 20h39)
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O italiano Cesare Battisti, foragido após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão, poderia ter se refugiado na Bolívia, informou nesta terça-feira (18) o juiz aposentado brasileiro Walter Maierovitch.

A declaração foi dada à rádio CBN após o jurista consultar membros de serviços de inteligência e espionagem internacional. De acordo com Maierovitch, a Bolívia é um destino no qual o italiano já havia ameaçado fugir em outra ocasião. No ano passado, Battisti chegou a ser preso sob a acusação de evasão de divisas, ao tentar entrar na Bolívia com o equivalente a mais de R$ 20 mil em moeda estrangeira.

O italiano Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970
O italiano Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970
Foto: DW / Deutsche Welle

O italiano alega que pretendia apenas comprar material de pesca e roupas de couro e que o dinheiro era dividido com mais dois amigos. "Os agentes argumentam que Battisti teria a simpatia do vice-presidente boliviano, Álvaro García Liniera, que era membro do movimento guerrilheiro "Tupac Katari", explicou Maierovitch.

Battisti é um ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Foragido, o italiano conseguiu asilo para viver no Brasil graças a uma decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu último dia de governo.

Ansa - Brasil
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