Cidades argentinas param em dia de greve geral
Paralisação contra mudanças fiscais atinge os sistemas de transporte, coleta de lixo e combustíveis
A Argentina parou nesta terça-feira (31) em uma greve geral de 24 horas convocada por sindicatos nacionais contra as mudanças nas taxas do imposto de renda. Essa é a quarta vez que o governo de Cristina Kirchner precisa enfrentar uma parada completa dos serviços no país.
A paralisação atingiu de maneira parcial ou completa os transportes públicos (ônibus, trens e metrô) bem como os táxis, portos e os aeroportos. Também não haverá coleta de lixo, fornecimento de combustíveis em postos de gasolina e transporte por caminhões.
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Os sindicalistas afirmam que as mudanças propostas pelo governo irão ter um grande impacto no salário de seus afiliados e pedem uma revisão das medidas. Atualmente, quem ganha a partir de 15 mil pesos (R$ 5,4 mil) precisa pagar imposto de renda, em escala progressiva que chega a 35%.
Porém, Kirchner já avisou que não irá negociar mudanças na nova legislação e seu ministro da Economia, Axel Kicillof, afirma que a medida atinge "apenas" 850 mil dos 11 milhões de trabalhadores argentinos.
Em entrevista ao jornal "La Nacion", um dos líderes dos protestos, Roberto Fernández, destacou que "parece domingo" nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Lanus, Mendoza e Rosário.
Voos cancelados
Por culpa da greve geral, mais de 20 voos entre Brasil e Argentina foram cancelados pelas companhias aéreas TAM, Gol e Aerolineas Argentina. As empresas informaram que estão notificando os passageiros com antecedência e que, aqueles que chegam para conexões, estão sendo hospedados em hotéis. Estima-se que a partir de amanhã (1), a situação comece a voltar ao normal.