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Colômbia demite chefe de inteligência do Exército por caso de espionagem

5 fev 2014 - 00h52
(atualizado às 01h10)
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, demitiu nessa terça-feira o chefe de inteligência do Exército, o general Mauricio Ricardo Zuniga, pela suposta espionagem sobre autoridades do governo negociando conversas de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), de acordo com informações da BBC.

O general Zuniga e outro oficial, o diretor do centro técnico de inteligência do Exército, general Oscar Zuluaga, foram afastados de suas funções enquanto ocorre uma investigação sobre o caso.

Segundo uma matéria publicada pela revista Semana, integrantes da inteligência militar interceptaram comunicações de telefone celular de representantes do governo nas conversações com as Farc, o que provocou uma reação imediata do governo, incluindo do presidente, pedindo uma investigação completa.

A demissão dos generais foi anunciada pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzon, depois de um encontro com o procurador-geral do país, Eduardo Montealegre. “Em qualquer caso, qualquer comportamento que afete as pessoas, ainda mais se elas são altos funcionários do governo, não pode ser tolerado”, afirmou o ministro, que acrescentou que uma investigação disciplinar está sendo conduzida pela justiça militar.

Negociações com as Farc

As negociações de paz com as Farc começaram em novembro de 2012, semanas depois de Santos anunciar que estava mantendo conversações secretas com líderes rebeldes. Informações sobre as conversas vazaram antes do anúncio histórico de Santos.

As negociações de paz, que estão em andamento em Cuba, surgiram como tema de campanha para as eleições de maio, na qual Santos tentará a reeleição. A revista Semana, semanário investigativo de prestígio no país, afirmou que os celulares dos negociadores Humberto de la Calle, Sérgio Jaramillo e Alejandro Éder foram interceptados, bem como os de políticos esquerdistas, como a ex-senadora Piedad Córdoba.

Houve coleta de dados de mensagens de texto, mas os telefonemas não foram ouvidos, segundo a revista. A espionagem foi realizada a partir de um restaurante de Bogotá e um telecentro adjacente usado como base da operação.

As conversações de paz do governo com os líderes da Farc são realizadas em segredo, o que as duas partes estão respeitando, com exceção de breves comunicados divulgados sobre os avanços do diálogo.

Com informações da Reuters

Fonte: Terra
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