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Colômbia e Farc assinam acordo histórico de cessar-fogo

23 jun 2016 - 14h54
(atualizado às 15h07)
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O delegado das Farc em Cuba, Rodrigo Londoño Echeverri (dir.), e o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (esq.), junto ao presidente de Cuba, Raúl Castro, seguram o acordo de paz entre o governo e a guerrilha durante cerimônia em Havana
O delegado das Farc em Cuba, Rodrigo Londoño Echeverri (dir.), e o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (esq.), junto ao presidente de Cuba, Raúl Castro, seguram o acordo de paz entre o governo e a guerrilha durante cerimônia em Havana
Foto: EFE

Em cerimônia em Havana, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias das Colômbia (Farc) Rodrigo Londono assinaram nesta quinta-feira (23) um acordo de cessar-fogo bilateral definitivo, abrindo caminho para um tratado de paz que dê fim ao conflito que já dura mais de meio século. Em comunicado, autoridades de Bogotá disseram se tratar de "um momento hitórico" para o país.

Trata-se do acordo mais sólido já alcançado entre as partes, fator que dá um impulso adicional às negociações de paz que ocorrem em Havana desde 2012. É a primeira vez desde meados da década de 1980 que ambas as partes concordam em uma trégua bilateral.

A etapa do cessar-fogo bilateral definitivo prevê também o cumprimento de um cronograma para deposição de armas e garantias de segurança para os ex-combatentes das Farc. Com o acordo, mais de 7 mil combatentes rebeldes devem entregar seus armamentos.

Participaram do ato o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban-ki Moon, assim como os presidentes de Cuba, Raúl Castro, Chile, Michelle Bachelet, e Venezuela, Nicolás Maduro.

As autoridades colombianas acreditam que o acordo definitivo de paz com as Farc poderá ser firmado no dia 20 de julho. A promessa inicial era de que ele seria concretizado ainda neste ano.

Histórico

O conflito armado com as Farc é considerado o mais antigo da América do Sul. Em seus anos de maior atuação, o grupo chegou a cometer sequestros, ataques e assassinatos para defender seus ideais, entre eles a reforma agrária e a criação de um Estado socialista. Desde 1964, o conflito entre o Exército e a guerrilha já matou mais de 220 mil pessoas, causou o desaparecimento de cerca de 50 mil, além de 6 milhões de deslocamentos na Colômbia.

(ANSA)

Fonte: Ansa
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