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América Latina

Colômbia terá segundo turno entre Santos e Zuluaga

Jornada eleitoral se caracterizou pela tranquilidade, sem incidentes graves, como consequência do cessar-fogo unilateral; candidato da oposição teve leve vantagem sobre o atual presidente

25 mai 2014 - 19h22
(atualizado às 22h25)
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<p>Candidatos presidenciáveis, Ivan Zuluaga (à esq.) e Juan Manuel Santos participam de debate, antes das eleições deste domingo </p>
Candidatos presidenciáveis, Ivan Zuluaga (à esq.) e Juan Manuel Santos participam de debate, antes das eleições deste domingo
Foto: Reuters

Resultados oficiais divulgados neste domingo afirmam que o candidato à reeleição, o presidente Juan Manuel Santos vai enfrentar seu principal adversário, Oscar Zuluaga, no segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia no mês que vem.

Nenhum dos dois candidatos de centro-direita conseguiu mais do que 50% dos votos necessários para evitar uma nova votação.

Com 99,57% dos votos contatos, Zuluaga foi declarado o vencedor do primeiro turno com 29,27% dos votos, seguido por Santos, com 25,63%. Os outros três candidatos que disputavam a eleição ficaram pelo menos 10 pontos percentuais atrás dos dois.

A abstenção chegou a 60% em um país onde o voto não é obrigatório.

O segundo turno das eleições deve ocorrer no dia 15 de junho.

Correspondentes afirmam que, apesar de Santos ter sido o presidente de uma das economias que cresce mais rapidamente na América Latina, o apoio para a sua reeleição caiu especialmente entre os colombianos mais pobres, que não colheram os benefícios deste crescimento econômico.

A eleição presidencial na Colômbia também pode decidir se as negociações de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), vão continuar ou não.

Santos apoia estas negociações como a melhor forma de encerrar a guerra civil no país que já dura 50 anos. Mas Zuluaga adota uma política mais linha dura com o grupo.

Diferenças

Os dois candidatos são conservadores e até já foram colegas no gabinete de governo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), quando eles apoiaram um acordo de livre comércio e a cooperação com os Estados Unidos na luta contra o tráfico de drogas.

Mas, eles têm diferenças grandes sobre como gerenciar o processo de paz com as Farc, o maior grupo rebelde da Colômbia. Este é um processo que já dura 18 meses e foi iniciado pelo presidente Santos em 2012.

Santos afirma que espera assinar um acordo de paz com os rebeldes ainda em 2014.

Mas, Zuluaga, com o apoio de Uribe, rejeitou as negociações sugerindo que iria adotar uma política de campanhas militares mais agressivas.

As negociações de paz até o momento já resultaram em acordos a respeito de três itens em uma pauta de seis pontos, incluindo o item que trata de tráfico de drogas.

No dia 16 de maio, o governo colombiano e o grupo rebelde, que controla grandes áreas rurais do país, concordaram em eliminar a produção de drogas ilegais no país se o acordo de paz final for fechado.

O processo de paz, do qual Cuba é anfitriã, tenta encerrar o conflito na Colômbia que, segundo estimativas, já matou 220 mil pessoas e fez com que mais de 5 milhões deixassem suas casas desde o seu início em 1964.

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