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Com inflação alta, Venezuela aumenta salário mínimo em 15%

Maduro diz que o aumento dos preços ao consumidor é consequência de uma "guerra econômica"

4 nov 2014 - 08h38
(atualizado às 08h39)
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<p>Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante coletiva de imprensa no Palácio Miraflores, em Caracas</p>
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante coletiva de imprensa no Palácio Miraflores, em Caracas
Foto: Jorge Silva / Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira um aumento de 15 por cento no salário mínimo a partir de dezembro para proteger os trabalhadores da inflação de mais de 60 por cento.

Maduro diz que o aumento dos preços ao consumidor é consequência de uma "guerra econômica" lançada por inimigos de seu governo socialista, frequentemente acusando empresários de manipularem os preços e de especulação.

Críticos, porém, afirmam que o problema da inflação endêmica na Venezuela é uma prova do fracasso dos 15 anos de economia socialista sob os governos de Maduro e de seu antecessor, Hugo Chávez, morto em 2013.

O problema da Venezuela com a inflação é antigo, também superando a casa dos 60 por cento na década de 1990, antes da chegada de Chávez ao poder, de acordo com dados do FMI.

"Decidi aceitar esta proposta, da parte dos trabalhadores, e decretar um aumento de 15 por cento no salário mínimo a partir de 1º de dezembro", disse Maduro durante evento com trabalhadores, transmitido pela televisão.

Maduro disse que o aumento acumulado para 2014 - após uma alta de 30 por cento em maio e de 10 por cento em janeiro- vai compensar a inflação causada pela campanha "criminosa" contra ele.

O reajuste previsto para dezembro colocará o salário mínimo da Venezuela em 4.889 bolívares. O valor é equivalente a 776 dólares na taxa oficial de câmbio de 6,3 bolívares por dólar, mas representa apenas 49 dólares a uma taxa de câmbio do mercado negro oferecida em sites ilegais.

De acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa de inflação anualizada da Venezuela atingiu 63,4 por cento em agosto, com os preços ao consumidor subindo 3,9 por cento naquele mês, segundo o Banco Central.

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