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Cristina Kirchner mede popularidade neste domingo em primárias legislativas

10 ago 2013 - 16h40
(atualizado às 17h16)
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Homem passa em frente a cartazes eleitorais em uma rua de Buenos Aires neste sábado
Homem passa em frente a cartazes eleitorais em uma rua de Buenos Aires neste sábado
Foto: EFE

A Argentina irá às urnas neste domingo em eleições primárias para escolher os candidatos que disputarão vagas no Senado e na Câmara dos Deputados em outubro, em uma votação que também avaliará o governo da presidente Cristina Kirchner.

Aproximadamente 30 milhões de argentinos foram convocados para participar, pela segunda vez na história do país, de primárias abertas, obrigatórias e simultâneas para todas as forças políticas.

Os eleitores poderão escolher entre uma ou mais listas apresentadas por cada partido ou aliança eleitoral com seus candidatos para os cargos legislativos. A campanha foi encerrada na sexta-feira e estão proibidas a divulgação de pesquisas e a venda de bebidas alcoólicas.

Além de definir os concorrentes a 24 cadeiras no Senado e 127 na Câmara, de maioria governista, as eleições medirão a popularidade de Cristina Kirchner e o nível de apoio a sua gestão.

O principal confronto ocorre na província de Buenos Aires, distrito que concentra 37% dos eleitores do país. Os adversários que estão na disputa são o governista Martín Insaurralde, da Frente para a Victoria (Fpv), e o ex-chefe de gabinete de Cristina Kirchner e agora oposicionista Sergio Massa, pela Frente Renovador (FR).

As últimas enquetes, divulgadas no fim de semana passado, indicavam que Massa, intendente da cidade turística de Tigre, obteria entre 31,4% e 34,9% dos votos. Em segundo lugar ficaria Martín Insaurralde, prefeito da cidade de Lomas de Zamora, que teria entre 28,3% e 31,7%, entre 2,2% e 5,5% abaixo de Massa. Pelo terceiro posto brigam o empresário antikirchnerista Francisco de Narváez e o sindicalista Hugo Moyano, assim como uma aliança de partidos radicais e progressistas.

A província de Buenos Aires, onde poderão votar 11,3 milhões dos argentinos convocados para as primárias, foi cenário em 2009 de uma dura derrota para o governo, que depois recuperou espaço com as eleições presidenciais de 2011, nas quais Cristina Kirchner alcançou a reeleição com 54% dos votos.

Apesar da proibição aos atos de campanha, que vale em todo o país durante 48 horas até o fechamento das urnas, alguns dos principais candidatos utilizaram hoje as redes sociais, como Twitter e Facebook, para pedir votos.

A lei abrange os meios de comunicação digitais e até blogs, mas não regula as redes sociais, segundo explicaram nesta sexta-feira as autoridades eleitorais. Em função disso, a juiza federal eleitoral María Romilda Servini de Cubría disse que era precisa realizar uma reforma no setor.

"Hoje em dia a internet é mais usada que qualquer meio, sobretudo pelos jovens e às vezes também por pessoas mais velhas", concluiu.

Enquanto os argentinos refletem sobre o voto de amanhã, 40.000 funcionários dos correios começaram a distribuir neste sábado as urnas nos 13.202 centros de votação de todo o país.

A segurança do processo eleitoral será feita por 90.000 membros das forças armadas e de segurança. Além disso, 300.000 fiscais terão como missão garantir a transparência da votação.

EFE   
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