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Equador nega ter dado passaporte ou carteira de refugiado a Snowden

Afirmação é do chanceler encarregado do país, Galo Galarza; Edward Snowden solicitou asilo à nação sul-americana

26 jun 2013 - 16h13
(atualizado às 16h44)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

Galo Galarza, chanceler encarregado do Equador, disse nesta terça-feira que o país não concedeu nenhum documento ao ex-técnico da CIA Edward Snowden, que está em Moscou desde domingo quando solicitou asilo à nação sul-americana após revelar programas secretos de espionagem telefônica e cibernética pelos EUA.

"Ele (Snowden) não tem documento expedido pelo Equador (passaporte ou uma carteira de refugiado) como foi mencionado", indicou Galarza, segundo transmitiu a rede "TC" do Equador.

Na segunda-feira, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse que Snowden recebeu do Governo do Equador um documento de refugiado para poder viajar, dado que os Estados Unidos revogou seu passaporte.

Snowden "recebeu um documento de refugiado de passagem por parte do Governo do Equador", explicou Assange na segunda-feira em uma conferência telefônica com jornalistas, na qual esclareceu que isso não significa que o país tinha concedido o asilo solicitado.

Snowden, ex-técnico da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA), revelou em 9 de junho ao jornal britânico "The Guardian" e ao americano "The Washington Post" que a NSA e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados pela Lei Patriota, aprovada após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

Posteriormente, esses jornais revelaram um programa secreto conhecido como PRISM que permite que a NSA ingresse diretamente nos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas, como Google, Facebook, Microsoft e Apple, para espionar contatos no exterior de suspeitos de terrorismo.

O ex-contratado da CIA completou hoje seu terceiro dia na zona de passagem do aeroporto moscovita de Sheremétievo, sem que seja esclarecido o país para qual viajará para escapar da Justiça americana.

"O Governo da Federação Russa mencionou que ele (Snowden) pode livremente se mobilizar", acrescentou Galarza em Quito. O jovem americano viajou no fim de semana passado de Hong Kong para Moscou, ajudado pelo Wikileaks, para fugir da extradição solicitada pelos Estados Unidos.

EFE   
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