"Estão todos loucos", diz Cristina Kirchner sobre restrição a Evo Morales
A mandatária argentina bradou no Twitter durante a madrugada contra a postura dos países europeus, que não permitiram a aterrissagem de Evo Morales na noite de ontem
A presidente argentina, Cristina Kirchner, criticou na madrugada desta quarta-feira a "impunidade" dos países europeus que revogaram a permissão de voo ao avião do chefe de governo boliviano, Evo Morales, e complicaram seu retorno ao país andino por acreditar que viajava acompanhado do ex-agente da CIA, Edward Snowden.
"Definitivamente estão todos loucos. Chefe de Estado e seu avião têm imunidade total. Não pode ser esse grau de impunidade", escreveu a governante em sua conta do Twitter após ser informada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, que Morales se encontrava detido no aeroporto de Viena.
Definitivamente están todos locos. Jefe de Estado y su avión tiene inmunidad total. No puede ser este grado de impunidad.
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) July 3, 2013
Llamo a Evo. Del otro lado de la línea, su voz me responde tranquila: "Hola compañera, como está?". El me pregunta a mí como estoy!
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) July 3, 2013
Hablo con Pepe (Mujica). Está indignado. Tiene razón. Es todo muy humillante. Me vuelve a hablar Rafa.
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) July 3, 2013
Cristina considerou "muito humilhante" as restrições de voo impostas a Morales e aplaudiu a decisão do chefe de Estado boliviano de não permitir que revistassem o avião presidencial.
"Susana Ruiz Cerruti, nossa especialista em (questões) legais internacionais de Chancelaria, me confere imunidade absoluta por direito consuetudinário, contemplado pela Convenção de 2004 e pelo Tribunal de Haia", continuou a presidente argentina, que sugeriu que Morales podia recorrer ao Tribunal Internacional de Haia se a Áustria lhe impedisse de sair.
Kirchner falou também como presidente uruguaio, José "Pepe" Mujica, e antecipou pelo Twitter que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convocaria hoje uma reunião extraordinária. "Vai ser um dia longo e difícil. Calma. Não vão conseguir", concluiu a presidente argentina.