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EUA pressionam Conselho de Segurança da ONU a apoiar Guaidó

26 jan 2019 - 13h38
(atualizado às 13h52)
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Líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó 23/01/2019
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó 23/01/2019 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Os Estados Unidos estão pressionando o Conselho de Segurança das Nações Unidas para que emita uma declaração de apoio irrestrito à Assembleia Nacional da Venezuela como "única instituição democraticamente eleita" do país, mas a Rússia deve barrar a iniciativa, disseram diplomatas na sexta-feira.

O conselho vai se reunir neste sábado a pedido dos Estados Unidos, depois de Washington e uma série de países americanos terem reconhecido o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó como chefe de Estado e terem pedirem a saída do presidente Nicolás Maduro do poder.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, bem como diversos outros ministros, devem se pronunciar no conselho composto por 15 países membros. Antes da reunião, os EUA fizeram circular um rascunho de uma declaração do Conselho de Segurança.

A minuta, vista pela Reuters, diz: "Com a deterioração das condições na República da Venezuela, o Conselho de Segurança expressa seu total apoio à Assembleia Nacional como a única instituição venezuelana democraticamente eleita".

Se o conselho aprovar a declaração, estará na prática reconhecendo Guaidó - que é presidente da Assembleia Nacional - como chefe de Estado da Venezuela. Guaidó se autoproclamou presidente interino do país na quarta-feira.

No entanto, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse na sexta-feira que Moscou deve se opor à iniciativa dos EUA para que o Conselho de Segurança da ONU apoie Guaidó como presidente interino. As declarações do conselho devem ser aprovadas por consenso.

Antes de Washington distribuir a minuta de declaração para os países membros do conselho, na noite de sexta-feira, Nebenzia disse à Reuters que "isso não vai passar ... para nós nada mudou".

A minuta de declaração também "pede o início imediato de um processo político que leve a eleições livres, justas e críveis, com observadores internacionais, no menor espaço de tempo possível".

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