EUA tiram Cuba da lista dos que não combatem tráfico humano
País caribenho estava na lista há dez anos; medida faz parte da reaproximação entre as duas nações
Os Estados Unidos retiraram Cuba da lista de países que pouco fazem no combate ao tráfico humano, anunciou na segunda-feira (27) o Departamento de Estado norte-americano. Cuba estava há dez anos nesta lista. A decisão norte-americana surge uma semana depois da reconciliação diplomática entre os Estados Unidos e Cuba e dois meses após a remoção de Cuba da lista dos países que incentivam o terrorismo.
"O governo de Cuba não cumpre integralmente as condições mínimas para a eliminação do tráfico, mas está fazendo esforços significativos nesse sentido", diz o relatório do Departamento de Estado.
Apesar das explicações do Departamento, o congressista republicano Chris Smith, um dos mais ativos na questão da luta ao tráfico, afirmou, em comunicado, que a alteração foi feita "apenas por razões políticas", dizendo que Cuba nada fez para merecer esta alteração.
O relatório sobre o tráfico de seres humanos do Departamento de Estado analisa a situação em 188 países em todo o mundo, avaliando as medidas que os seus governos implementam para controlar ou eliminar este flagelo. Na lista negra do relatório estão a Venezuela, Belize, Guiné Equatorial, Rússia, Irã, Coreia do Norte, Síria, Argélia, Burundi, República Centro-Africana, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Kuwait, Líbia, Mauritânia, Sudão do Sul, Tailândia, êémen, Zimbábue, Bielorrússia, as Ilhas Marshall e os Camarões. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem agora 90 dias para decidir se vai aplicar sanções aos países presentes na lista negra.