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Farc acabarão com cultivos ilegais na Colômbia

Para negociador-chefe da guerrilha o problema fundamental é a erradicar o nacrotráfico

4 abr 2014 - 20h24
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<p>L&iacute;der da equipe de negocia&ccedil;&atilde;o das Farc, Ivan Marquez, participa de retomada de negocia&ccedil;&otilde;es de paz com o governo colombiano, no Pal&aacute;cio de Conven&ccedil;&otilde;es, em Havana, Cuba</p>
Líder da equipe de negociação das Farc, Ivan Marquez, participa de retomada de negociações de paz com o governo colombiano, no Palácio de Convenções, em Havana, Cuba
Foto: EFE

As Farc anunciaram nesta sexta-feira que estão prontas para fechar um acordo com o governo colombiano sobre a erradicação de plantações ilícitas como parte do diálogo de paz em Cuba, mas diferenças sobre como acabar com o narcotráfico ameaçam travar as negociações para pôr fim ao conflito.

O presidente Juan Manuel Santos necessita urgentemente avançar e mostrar resultados nas negociações de paz, sua principal bandeira política para reeleger-se no pleito de final de maio.

O negociador-chefe dos guerrilheiros, Iván Márquez, disse que "estavam em uma dinâmica positiva de entendimento com a outra parte" para resolver a questão dos cultivos ilícitos na Colômbia.

"Estamos desenvolvendo o primeiro dos três itens relacionados a essa temática. Da nossa parte, não há inconveniente. Se não surgirem obstáculos... essa primeira etapa poderia ser esvaziada para passar para o segundo ponto que é muito importante, o consumo como um problema de saúde", disse a jornalistas.

Pouco antes de sentar à mesa de diálogo em Havana, Márquez assegurou que o problema fundamental está na "erradicação do comércio, o narcotráfico e a forte temática que contém", como a lavagem de dinheiro.

<p>Homem caminha em uma estufa de maconha na &aacute;rea rural de Corinto, no departamento de Cauca, na Col&ocirc;mbia</p>
Homem caminha em uma estufa de maconha na área rural de Corinto, no departamento de Cauca, na Colômbia
Foto: AFP

O grupo guerrilheiro, que nega participação no tráfico de drogas mas é acusado pelas Forças Militares de obter recursos milionários com a cocaína, havia proposto anteriormente que uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) façam um diagnóstico sobre o estado atual do negócio e sua influência no país.

A Colômbia é um dos principais produtores mundiais de cocaína com aproximadamente 300 toneladas anuais.

O país sul-americano também cultiva maconha e papoula, matéria-prima para a heroína, vendidas pelos camponeses pobres que sobrevivem com a comercialização a grupos armados ilegais ligados ao narcotráfico.

O grupo rebelde e o governo anunciaram no fim de semana avanços substanciais na construção de acordos para solução ao problema das drogas ilegais, assunto discutido atualmente.

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