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Farc pedem "diálogo construtivo" contra crise com Venezuela

28 ago 2015 - 11h41
(atualizado às 13h20)
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Os negociadores das Farc pediram nesta sexta-feira o "diálogo construtivo" para normalizar a situação na fronteira entre Colômbia e Venezuela, território em crise após o fechamento ordenado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, por causa de um ataque de paramilitares, há mais de uma semana.

"O mais conveniente é buscar, mediante o diálogo construtivo e sincero, a normalização da situação na fronteira", assinalou a guerrilha em comunicado lido em Havana por "Jesús Santrich".

No texto as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) defenderam, além disso, a criação de uma "zona binacional de integração e desenvolvimento que favoreça a fraternidade, a convivência e a construção do projeto de Pátria Grande".

"A Venezuela é e continuará a ser fundamental para a paz na Colômbia", insistiu o representante das Farc, que desde novembro de 2012 está em negociações de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos.

As Farc pediram o respeito "a soberania da Venezuela e o fim da perfídia que significa transplantar o paramilitarismo que tantas vítimas causou na Colômbia".

A fronteira colombo-venezuelana vive um conflito desde 19 de agosto, quando Maduro ordenou o fechamento de uma parte da área por causa de um ataque de contrabandistas paramilitares contra três militares e um civil venezuelanos.

Ontem à noite ambos os governos chamaram seus respectivos embaixadores para consultas.

A guerrilha reafirmou a necessidade da união dos dois povos contra os que buscam "desestabilizar o governo legítimo de Maduro e minimizar a inegável solidariedade e o apoio social" que os exilados colombianos receberam no país vizinho desde o governo de Hugo Chávez.

"O câncer do paramilitarismo não pode destruir os laços de concórdia que historicamente fizeram da Colômbia e da Venezuela uma mesma família", indicou o comunicado.

A Venezuela é, junto com o Chile, país acompanhante do processo de paz que as Farc e o governo colombiano realizam em Cuba, que é, junto com a Noruega, nação fiadora dos diálogos.

EFE   
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