Filho de Fidel diz que Cuba pode receber Coca e McDonald's
Alex Castro ainda reiterou bom estado de saúde do pai
Em meio ao processo de normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos, o filho do ex-presidente cubano Fidel Castro, Alex, não descarta a hipótese da ilha receber fábricas da Coca-Cola ou mesmo a rede de fastfood McDonald's.
"Somos vizinhos, eles são bem vindos", disse, em uma entrevista a emissora America Tevé.
"Nós demos uma pausa do socialismo, estamos tentando melhorar nossas condições, estamos fazendo algumas mudanças para ajustas nosso socialismo a nossas condições atuais", acrescentou.
Ele ainda destacou que, apesar do anúncio da retomada da relações ter se dado durante o governo do seu tio, Raúl Castro, Fidel está a par de tudo e continua acompanhando suas decisões.
"Podemos compará-lo a uma grande árvore que dá sombra a todos. E Raúl pode ser comparado a uma árvore menor, que está ao lado dele... que também está debaixo desta sombra. Quando [Fidel] não estiver mais aqui, ele dará sombra a todos", disse.
A respeito dos rumores sobre a morte de seu pai, Alex disse que Fidel se encontra bem e que "bebe regularmente infusões de moringa", uma planta indiana conhecida por seus benefícios à saúde.
Um dos oito filhos reconhecido do líder da Revolução Cubana (1959), Alex trabalha como fotógrafo oficial do governo.
Histórico - Fidel se afastou do poder em 2006, deixando o cargo em 2008 por conta de problemas de saúde. Desde então, são raras suas aparições públicas.
Ele se comunica com o povo cubano na maior parte da vezes por meio dos artigos "Reflexões do Companheiro Fidel", publicados no jornal oficial "Granma".
EUA - Após passar dias em silêncio. Fidel disse no último dia 27 que "não confia nos Estados Unidos", mas que seu irmão deu "passos pertinentes" na relação entre os dois países.
No último dia 17 de dezembro, Raúl e o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciaram uma série de medidas para reaproximar os dois países, entre elas novas leis para viagens e remessas de dinheiro. O acordo foi mediado pelo papa Francisco.