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Filho e nora de Bachelet são convocados a depor no Chile

Os dois respondem em caso por adquirir terrenos com um empréstimo facilitado e vendê-los depois a um valor maior

6 abr 2015 - 21h50
(atualizado em 7/4/2015 às 07h34)
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<p>O filho e a nora de Bachelet foram convocados a depor pela procuradoria por supostas irregularidades em neg&oacute;cio</p>
O filho e a nora de Bachelet foram convocados a depor pela procuradoria por supostas irregularidades em negócio
Foto: Agencia Uno

O filho e a nora da presidente do Chile, Michelle Bachelet, foram convocados a depor nesta quarta-feira perante a procuradoria do país por supostas irregularidades em um milionário negócio imobiliário, informaram nesta segunda-feira fontes judiciais.

O caso se centra em um negócio no qual participaram o filho de Bachelet, Sebastián Dávalos, e sua esposa, Natalia Compagnon, ao adquirir terrenos na região de O'Higgins com um empréstimo facilitado pelo dono de um dos maiores bancos do Chile e vendê-los depois a um valor maior.

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O empréstimo para a compra dos terrenos foi aprovado um dia depois que Michelle Bachelet ganhou o segundo turno das eleições presidenciais, em 15 de dezembro de 2013, quando Dávalos trabalhava na Caval, a companhia que recebeu o dinheiro.

Segundo fontes da procuradoria de Rancagua, situada a 90 quilômetros ao sul da capital Santiago, o casal foi convocado para depor na quarta-feira perante o procurador regional de O'Higgins, Luis Toledo.

No marco deste caso, Dávalos é acusado de tráfico de influência e uso de informação privilegiada, circunstância pela qual precisou renunciar a seu cargo de diretor sociocultural da presidência chilena.

Bachelet fala pela 1ª vez sobre denúncia envolvendo seu filho:

Por sua vez, Compagnon é sócia de 50% da empresa Caval Limitada, que obteve US$ 10,4 milhões de empréstimo, outorgados pelo Banco do Chile e destinados à compra de terrenos no município de Machalí, em O'Higgins, que depois foram vendidos a um preço quase US$ 5 milhões mais caro.

A oposição no Chile considerou que neste caso houve tráfico de influência e uso de informação privilegiada, dado os milionários lucros obtidos por uma empresa que tinha um capital de apenas US$ 10 mil.

O caso minou a popularidade de Bachelet, cuja aprovação em março registrou uma queda histórica ao obter apenas 31%, segundo a enquete da empresa de consultoria Adimark.

Após este escândalo e o do grupo Penta, um caso de corrupção que afetou empresários, partidos políticos e personalidades de diferentes setores, a presidente chilena criou um Conselho Assessor Presidencial que procura regular a relação entre a política e os negócios.

EFE   
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