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Furacão atinge Haiti com ventos de 230 km/h e causa mortes

Cuba, Bahamas e EUA se preparam para fenômeno climático

4 out 2016 - 17h34
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Foto: EFE

O furacão Matthew atingiu o Haiti na manhã desta terça-feira (4) e já deixa um rastro de destruição e mortes pelo caminho. Com ventos de até 230 km/h, o fenômeno é considerado o mais forte da última década e já deixou, de acordo com fontes oficiais, três mortes.

"Nós vimos muitos mortos. Pessoas que saíram para o alto-mar. Há pessoas desaparecidas. Há pessoas que não respeitaram os alertas e eles perderam as suas vidas", disse o presidente interino do Haiti, Jocelerme Privert, em coletiva de imprensa.

Meteorologistas apontam que, além dos fortes ventos, o acumulado de chuvas nas próximas 24 horas pode atingir os 100mm - tanto no Haiti como na República Dominicana - e que o furacão deve chegar, ainda hoje, a Cuba e às Bahamas. Já a costa sul dos Estados Unidos está se preparando para enfrentar o fenômeno na quinta-feira (6).

Há muita preocupação, especialmente, sobre a situação do Haiti já que cerca de 70% da população ainda vive de maneira precária após o terremoto de 2010. Milhares de pessoas ainda moram em tendas improvisadas, que podem ser facilmente destruídas pela força do Matthew.

Foto: EFE

As fortes chuvas trazidas pelo fenômeno já inundaram grande parte do sul do país. Segundo o responsável pela agência de meteorologia local, Robert Semelfort, a situação só deve melhorar um pouco a partir desta quarta-feira (5).

Além disso, o Haiti se preparava para eleições presidenciais no próximo domingo (9). Em nota, as autoridades locais informaram que "ao menos por enquanto" o pleito está suspenso "e a situação será avaliada ao fim da passagem do furacão".

Foto: EFE

Evacuações

A República Dominicana decretou estado de emergência em 15 dos 32 estados do país e anunciaram uma evacuação de 15 mil pessoas de áreas consideradas de risco, informou o governo local, por causa da intensidade do furacão Matthew.

Já as autoridades cubanas anunciaram a evacuação de 300 mil pessoas da área oriental da ilha por causa do fenômeno climático, especialmente na região de Guantánamo e de Santiago de Cuba, onde o presidente Raúl Castro está desde o final de semana. "É necessário nos prepararmos porque não temos outra escolha. Esse furacão pode ter o dobro da potência em relação ao Sandy", disse Castro em relação ao evento ocorrido em 2012.

Foto: EFE

Até mesmo os Estados Unidos retiraram cerca de 700 pessoas - entre oficiais e seus familiares - de sua base em Guantánamo para precaução. Segundo os EUA, cerca de 4,8 mil militares estão no local para ajudar na reconstrução assim que o furacão passar pelo local.

A população da Flórida está se "preparando para o pior", segundo as autoridades. Temendo consequências "desastrosas", o governador Rick Scott já decretou estado de emergência e colocou equipes de defesa e socorristas a postos para prevenir e lidar com os problemas que serão trazidos pelo fenômeno.

Foto: EFE

Obama cancela comício

Por causa da chegada do furacão na costa da Flórida, o presidente Barack Obama cancelou sua participação em um evento eleitoral pró-Hillary Clinton que ocorreria em Miami.

Foto: EFE
Foto: EFE
Fonte: ANSA
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