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González chega sem problemas à Venezuela para defender opositores de Maduro

7 jun 2015 - 15h11
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O ex-presidente do governo espanhol Felipe González chegou neste domingo a Caracas sem inconvenientes, apesar de o parlamento da Venezuela ter o declarado como "persona non grata" após a decisão de auxiliar na defesa dos opositores do governo Nicolás Maduro presos no país.

Com grande expectativa e a presença de dezenas de jornalistas, González, que chegou à capital venezuelana por volta das 11h30 locais (13h30 em Brasília), foi recebido por Mitzy Capriles, esposa do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledesma, a mãe de Leopoldo López, Antonieta Mendoza, e o embaixador da Espanha no país, Antonio Pérez Hernández.

O ex-governante, em breve declaração, afirmou que conseguiu entrar no país sem inconvenientes e que recebeu mesmo tratamento dado a qualquer outro turista.

"Tudo ocorreu bem como com qualquer cidadão. Vim ver a família e, se for possível, Lepoldo e Antonio", disse González, que decidiu fazer parte da defesa de López e Ledesma, revelando que ainda não conhece detalhes de sua agenda no país.

Após a chegada, González se reunirá com a mãe de López, informaram à Agência Efe fontes próximas à organização da visita.

López e Ledezma, considerados pela oposição como "presos políticos", seguem detidos. O primeiro é acusado de envolvimento nos protestos antigovernamentais de fevereiro de 2014. Já o segundo, preso há cerca de quatro meses, responde por conspiração e formação de quadrilha.

Essa é a segunda tentativa de González, que se definiu como "assessor técnico externo" dos opositores, de colaborar com a defesa de López e Ledesma.

O ex-presidente do governo espanhol já tinha adiado a viagem a Caracas que, em princípio, tinha sido marcada para o dia 17 de maio, depois de o tribunal que julga López decidir suspender a sessão na véspera da chegada de González ao país.

Consultado sobre suas intenções de se reunir com representantes do governo Maduro, o político espanhol afirmou que não deve ter nenhum tipo de contato com as autoridades locais.

O presidente venezuelano, por outro lado, convocou seus simpatizantes para se reunir em pontos emblemáticos de todo o país em forma de protesto contra a chegada de González.

Além disso, a emissora estatal promove o uso da hashtag "#felipefueradeaqui" (#felipeforadaqui) nas redes sociais.

EFE   
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