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HRW: não se pode pressionar Uruguai por buscar alternativas sobre as drogas

21 jan 2014 - 16h14
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<p>Manifestação pró-legalização da maconha em frente ao congresso urugaio, em Montevidéu (foto de dezembro de 2013)</p>
Manifestação pró-legalização da maconha em frente ao congresso urugaio, em Montevidéu (foto de dezembro de 2013)
Foto: Andres Stapff / Reuters

A ONG Human Rights Watch (HRW) disse nesta terça-feira que "não se podem pressionar" países como o Uruguai "por buscar alternativas" na legislação das drogas, em referência à recente aprovação do consumo de maconha no país sul-americano.

Segundo declarou à Agência Efe o diretor da ONG, Daniel Wilkinson, "a legislação internacional também deve mudar para que deixem de ser violados direitos como a privacidade", entre os quais inclui o consumo de drogas.

"É preciso descriminalizar o uso da droga, não tem nenhum sentido, é uma violação da privacidade e da autonomia o fato de que alguém não possa consumir drogas enquanto não causa danos a outras pessoas", acrescentou na apresentação em São Paulo do relatório anual da organização.

De acordo com Wilkinson, o Estado "pode ter o interesse de dissuadir" seus cidadãos para que não consumam drogas, já que há muitas que "causam danos", mas precisou que "encarcerar alguém para protegê-lo de si mesmo não faz sentido".

É por isso que a Human Rights Watch classifica de "muito positivo" o caminho da "experimentação" tomado pelo Uruguai, que com sua nova legislação "procura alternativas às políticas atuais que contribuíram para problemas de direitos humanos muito graves".

"O esforço de buscar alternativas é muito importante e o Uruguai demonstrou liderança neste sentido", assegurou Wilkinson, que considerou que "não há uma solução mágica", mas que segundo a experiência da ONG, "em países com muita violência, vale a pena tomar outros caminhos na legislação".

EFE   
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