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Incêndio no Chile deixa 11 mortos e 500 casas destruídas

13 abr 2014 - 14h19
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Um incêndio de grandes proporções deixou ao menos 11 mortos e mais de 500 casas destruídas na cidade portuária chilena de Valparaíso, enquanto os bombeiros tentavam no domingo combater novos focos do fogo que arrasou partes da cidade e levou milhares de pessoas a desocuparem suas casas.

O fogo começou no sábado à noite em uma área florestal nos arredores do porto, mas o vento propagou as chamas para seis morros que circundam a cidade e onde há residências.

Ao amanhecer de domingo, foi possível ver a destruição deixada pelo incêndio, o pior a atingir a cidade declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. À tarde o céu ficou coberto pela fumaça e houve novos focos de incêndio em alguns morros devido aos fortes ventos e altas temperaturas.

Apesar de a polícia ter informado mais cedo que havia 16 mortos na tragédia, as autoridades corrigiram o número para baixo, em 11 vítimas fatais.

"Segundo novas avaliações dos carabineros (policiais), o número de pessoas mortas foi atualizado", disse a Oficina Nacional de Emergências (Onemi).

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, declarou estado de catástrofe e viajou ao local.

Cerca de 1.200 bombeiros e centenas de brigadistas de resgate trabalhavam sem trégua para apagar os últimos focos do grande incêndio, que com suas chamas de 20 metros de altura devastou aproximadamente 800 hectares.

Aproximadamente 5.000 pessoas ficaram feridas e cerca de 10.000 tiveram de deixar suas casas e foram para albergues ou casa de familiares.

Várias áreas afetadas pelo fogo ainda estavam sem energia, nem abastecimento de água. Valparaíso fica a pouco mais de 100 quilômetros ao oeste da capital Santiago.

"O sinistro não está extinguido completamente. Há focos que seguem ativos. Isto é o mais catastrófico que já vivi em Valparaíso. ", disse o chefe de governo regional em Valparaíso, Ricardo Bravo.

Colunas de fumaça se levantavam sobre os morros da cidade, onde centenas de casas viraram cinzas e muitas pessoas choravam enquanto retiravam os escombros de suas casas na esperança de recuperar alguns pertences.

"Tomara, esperamos não encontrar mais vítimas fatais. Há muitos animais que também foram afetados pelo fogo. Estamos procurando entre os escombros", disse o coronel da polícia Fernando Bywaters.

A parte antiga da cidade, zona declarada patrimônio da humanidade, o porto e a sede do Congresso Nacional estavam fora de perigo.

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