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Incêndio em Valparaíso já deixou pelo menos 15 mil afetados

No total, incêndio matou 15 pessoas e atingiu mais de 3 mil casas, prejudicando entre 12 e 15 mil pessoas

21 abr 2014 - 16h20
(atualizado às 16h20)
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Foto: AFP

O número de pessoas afetadas pelo incêndio que há uma semana castiga a cidade de Valparaíso no Chile já chegou a 15 mil, com 15 vítimas fatais, e mais de três mil imóveis destruídos, informou o enviado presidencial para a catástrofe, Andrés Silva, nesta segunda-feira.

"Estamos falando de 12 mil a 15 mil afetados", disse Silva em entrevista a "Rádio Cooperativa". Ele contou que na quarta deve estar pronto um cadastro mais detalhado do impacto do incêndio nas colinas da cidade, área onde aconteceu a pior catástrofe da história de Valparaíso.

Silva, nomeado pela presidente Michelle Bachelet para coordenar a ajuda e a reconstrução do principal porto chileno, disse que ainda os dados ainda estão sendo cruzados, processo que está demorando mais do que o previsto porque pelo menos 1.800 imóveis, onde poderiam viver até 5.400 famílias, não tinham permissão municipal.

"O cadastro está determinando se algum tipo de imóvel é recuperável, mas já pudemos perceber que esse percentual será baixo, a destruição foi total", afirmou o delegado.

O governo destinou mais de 18 bilhões de pesos (cerca de US$ 32,3 milhões) para enfrentar a emergência, na retirada de escombros, subsídios de aluguel e na instalação de imóveis temporários.

A decisão das autoridades é não iniciar a reconstrução definitiva até ser elaborado um plano que defina quais zonas são realmente seguras, já que muitas casas arrasadas pelo fogo ficavam em barrancos que não tem condições seguras de ocupação.

"Fomos categóricos, este plano vai ser rápido, ágil, mas seguro. Efetivamente há zonas onde não será possível construir", indicou Silva.

Junto com as medidas para reabilitar os 965 hectares arrasados pelo fogo, as autoridades tentam restabelecer alguma normalidade em Valparaíso, retomando paulatinamente as aulas nos colégios e instalando alguns centros de saúde provisórios para substituir os que foram consumidos pelo fogo.

A população também foi vacinada preventivamente contra tétano e gripe.

EFE   
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