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Jornal digital de Yoani Sánchez é desbloqueado em Cuba

25 mai 2014 - 14h57
(atualizado às 14h57)
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<p>Já está acessível @14ymedio na rede em #Cuba, informou a própria Yoani Sánchez por meio de sua conta no Twitter</p>
Já está acessível @14ymedio na rede em #Cuba, informou a própria Yoani Sánchez por meio de sua conta no Twitter
Foto: Enrique Castro-Mendivil / Reuters

O jornal digital independente "14ymedio", da blogueira oposicionista Yoani Sánchez, pode ser acessado sem problemas neste domingo em Cuba, após permanecer bloqueado no país desde o seu lançamento nesta semana.

"Já está acessível @14ymedio na rede em #Cuba. Apressem-se usuários do Nauta (internet de Cuba)! antes do próximo bloqueio http://flic.kr/p/nrD9gL", informou a própria Yoani Sánchez por meio de sua conta no Twitter.

Reinaldo Escobar, membro do conselho da nova publicação e marido de Yoani Sánchez, disse à Agência Efe que é melhor esperar para ver se o desbloqueio terá alguma "duração", pois com o portal "Desde Cuba" se criou "confusão" pela instabilidade na acessibilidade. "Minha opinião pessoal é que é preciso esperar para saber se (o desbloqueio) é um acidente ou uma tática", afirmou.

Yoani Sánchez lançou o "14ymedio" na quarta-feira, mas horas depois não era possível acessá-lo e ao se procurar o jornal na rede aparecia um site chamado "Yoani$landia", que reunia artigos de blogueiros e jornalistas governistas com referências críticas a ela. A própria blogueira denunciou a situação no Twitter e ensinou um mecanismo para se acessar o jornal utilizando um "proxy" anônimo.

O desbloqueio da publicação independente ocorreu horas depois do diário oficial Granma, porta-voz do Partido Comunista de Cuba (PCC), afirmar ontem que o jornal de Yoani é parte de um plano dos Estados Unidos contra a ilha e que seu propósito fundamental é "alimentar as campanhas de desinformação e difamação contra Cuba".

"Para justificar a execução e promoção de projetos desta natureza contra Cuba, o governo dos Estados Unidos argumenta seu interesse em facilitar o livre fluxo de informação ao povo cubano, quando é o próprio governo e congresso desse país que ao longo dos anos promulgaram leis, regulações e políticas que impedem o livre acesso à informação do povo de Cuba", denunciou o Granma.

"Granma me dedica um ataque. Outro recorte para guardar aos meus netos", disse Yoani em sua conta no Twitter.

Ao apresentar o jornal, a oposicionista advertiu que um dos desafios da publicação digital é poder chegar a muitos leitores dentro e fora de Cuba, um país que apresenta uma das taxas de conectividade mais baixas do mundo.

Só é possível acessar a internet em Cuba em hotéis ou salas públicas de navegação, que nos últimos tempos aumentaram, mas as tarifas são muito altas para a maioria dos cubanos.

Atualmente, apenas determinados profissionais conseguem acessar a internet no país, como médicos, jornalistas, acadêmicos, intelectuais e artistas.

As autoridades da ilha afirmam que o serviço será aprimorado, mas esta não é uma prioridade.

EFE   
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