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Esposa de opositor cita "terrorismo de Estado" na Venezuela

27 nov 2015 - 14h50
(atualizado às 15h08)
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Lilian Tintori, esposa do líder opositor venezuelano detido Leopoldo López, afirmou nesta sexta-feira (27) para a imprensa colombiana que os atentados contra ela denunciados na quinta-feira são "terrorismo de Estado" de parte do governo do presidente Nicolás Maduro.

Lilian Tintori (ao centro) é a esposa do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que está preso e foi condenado a 13 anos de cadeia
Lilian Tintori (ao centro) é a esposa do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que está preso e foi condenado a 13 anos de cadeia
Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

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Segundo Tintori, Maduro está enviando mensagens de agressão contra ela, porque não só perseguem seu marido, condenado a mais de 13 anos de prisão, mas perseguem também a ela.

"É um horror, é terrorismo de Estado, essas são as mensagens que Nicolás Maduro está enviando para que eu pare de fazer campanha. Mas não vou parar, vamos assumir mais medidas de segurança, vamos assumir isto com muita responsabilidade porque sou mamãe de duas crianças que não podem ficar sozinhas, porque seu pai está preso", disse em uma entrevista à "Radio Caracol".

Tintori se referiu aos atentados que disse ter sofrido quando viajava com sua equipe para atos de campanha em dois aviões pequenos, um dos quais pegou fogo depois de perder os freios ao aterrissar, sem causar vítimas.

"Não duvido que o governo interveio no aeroporto Valle de la Pascua (onde esteve estacionado), porque o pequeno avião estava perfeito", disse.

Tintori acrescentou que depois, em outro ato público, foram atacados com uma rajada de dez tiros, fato no qual foi assassinado o opositor Luis Manuel Díaz, que participava da campanha da aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD).

"Foi muito perto de nós e eu me joguei no chão, senti que tinham atirado em mim. Foi o segundo atentado nesse dia que se materializou com o assassinato de um companheiro da Unidade", comentou.

Tintori disse que apesar do acontecido tem mais fé em sua luta pela liberdade não só de seu marido, mas de todos os que a oposição considera "presos políticos".

"Tenho mais fé, foram momentos muito difíceis, horas difíceis, terror, horas de medo, de insegurança, mas com uma fé que nos mantêm firmes, que nos diz que temos que continuar, que nos empurra a denunciar e a seguir com esta luta que é por amor, uma luta profunda por nossas famílias, pela liberdade de nossos presos políticos", afirmou.

"Quero dizer-lhes que, por favor, se mantenham próximos de nós, que não nos abandonem porque estamos vivendo horas difíceis e necessitamos da comunidade internacional", acrescentou Tintori.

A esposa de Leopoldo López disse estar confiante em que o povo venezuelano vai sair para votar maciçamente nas eleições legislativas do próximo dia 6 de dezembro e afirmou que o governo tem mais medo do que eles "porque vão perder".

EFE   
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