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Maduro agradece "lealdade" das Forças Armadas da Venezuela

As declarações foram dadas pouco mais de um mês depois que dirigentes governistas denunciaram um suposto plano de golpe de Estado

5 jul 2014 - 01h17
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<p>&nbsp;&quot;Tenho que agradec&ecirc;-los em nome de todo o povo da Venezuela por toda a lealdade e toda a for&ccedil;a moral das For&ccedil;as Armadas para enfrentar politiqueiros, conspiradores, golpistas&quot;, disse Maduro</p>
 "Tenho que agradecê-los em nome de todo o povo da Venezuela por toda a lealdade e toda a força moral das Forças Armadas para enfrentar politiqueiros, conspiradores, golpistas", disse Maduro
Foto: Palácio Miraflores / Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu nesta sexta-feira a "lealdade" das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb), que não se deixaram influenciar pelos "conspiradores e golpistas" que tentaram provocar fissuras no corpo militar, assim como determinou que os militares estão "proibidos" de falhar. "Tenho que agradecê-los em nome de todo o povo da Venezuela por toda a lealdade e toda a força moral das Forças Armadas para enfrentar politiqueiros, conspiradores, golpistas", disse o presidente durante um evento militar em Caracas.

Maduro afirmou que os mesmos que o chamam de "ditador" e "militarista" são os que buscaram "e hoje buscam oficiais das Forças Armadas para ver se conseguem provocar um racha" nessa instituição e lembrou que alguns oficiais tiveram "suas carreiras destruídas" com essas ofertas de conspiração.

"São precisamente eles, os que nos acusam, que odeiam os militares, que odeiam as Forças Armadas, que buscam com seus dólares corromper, são os que nos acusam, os que procuram utilizar paradoxalmente as Forças Armadas para destruir a democracia, para destruir a paz do país", reiterou.

Além disso, pediu aos militares promovidos que assumissem essa ascensão também nos âmbitos "moral, ético" e no compromisso com o país. "Queridos generais, queridos almirantes que hoje foram promovidos, está proibido falhar, o compromisso é não errar com o povo, está proibido errar com as Forças Armadas", disse.

O presidente ofereceu essas declarações pouco mais de um mês depois que dirigentes governistas denunciaram um suposto plano de magnicídio e golpe de Estado contra si e após duas semanas em que surgiram fortes críticas a sua gestão dentro do chavismo.

No dia 18 de junho o ex-vice-presidente de Planejamento Jorge Giordani criticou duramente a condução da economia e a falta de liderança de Maduro. Também questionou o fato de não terem sido apontados os responsáveis pelo escândalo da fraude que gerou um prejuízo de US$ 20 bilhões ao Estado através de "empresas de fachada".

Algumas vozes dentro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) manifestaram seu apoio à carta de Giordani, como a do ex-ministro de Eletricidade e membro da direção nacional do partido, Héctor Navarro, o que acabou lhe rendendo a suspensão da legenda.

EFE   
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