Maduro diz que indultará opositor López se EUA libertarem porto-riquenho López Rivera
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no domingo que concordaria em oferecer um indulto ao oposicionista Leopoldo López, preso há quase um ano, se os Estados Unidos aceitarem libertar o porto-riquenho Óscar López Rivera, condenado por conspiração sediciosa.
López, um carismático líder da ala mais militante da oposição, se entregou à Justiça em fevereiro de 2014 em meio aos protestos antigovernamentais por todo o país, acusado de incentivar a violência nas ruas.
"A única forma em que eu usaria os poderes especiais que tenho seria para colocá-lo (López) em um avião que vá para os Estados Unidos, deixá-lo ali e me entregarem Óscar López Rivera”, disse o presidente em um discurso televisionado.
López Rivera é um militante pró-independência de Porto Rico, ilha que mantém o status de Estado-livre associado aos Estados Unidos. Ele foi condenado a 70 anos de prisão, dos quais cumpriu 33, acusado de colocar várias bombas nos EUA.
Em 1999, ele rejeitou um indulto presidencial oferecido por Bill Clinton. Seus simpatizantes o consideram um preso político.
Órgãos da mídia internacional informaram que em um recente encontro entre Maduro e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Biden havia pedido ao venezuelano para libertar os “presos políticos”. O presidente negou essas versões.
Maduro acrescentou que "soltar o monstro de Ramo Verde", como se refere a López, fazendo alusão ao nome da prisão militar onde aguarda a condenação, é “assunto nacional”.
O governo socialista, como também o falecido presidente Hugo Chávez, nega manter presos de consciência e afirma que uma dezena de políticos está na prisão não por suas preferências políticas, mas por violar a lei.
(Por Eyanir Chinea)