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Maduro diz que indultará opositor López se EUA libertarem porto-riquenho López Rivera

5 jan 2015 - 11h26
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no domingo que concordaria em oferecer um indulto ao oposicionista Leopoldo López, preso há quase um ano, se os Estados Unidos aceitarem libertar o porto-riquenho Óscar López Rivera, condenado por conspiração sediciosa.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em Brasília. 02/01/2015
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em Brasília. 02/01/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

López, um carismático líder da ala mais militante da oposição, se entregou à Justiça em fevereiro de 2014 em meio aos protestos antigovernamentais por todo o país, acusado de incentivar a violência nas ruas.

"A única forma em que eu usaria os poderes especiais que tenho seria para colocá-lo (López) em um avião que vá para os Estados Unidos, deixá-lo ali e me entregarem Óscar López Rivera”, disse o presidente em um discurso televisionado.

López Rivera é um militante pró-independência de Porto Rico, ilha que mantém o status de Estado-livre associado aos Estados Unidos. Ele foi condenado a 70 anos de prisão, dos quais cumpriu 33, acusado de colocar várias bombas nos EUA.

Em 1999, ele rejeitou um indulto presidencial oferecido por Bill Clinton. Seus simpatizantes o consideram um preso político.

Órgãos da mídia internacional informaram que em um recente encontro entre Maduro e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Biden havia pedido ao venezuelano para libertar os “presos políticos”. O presidente negou essas versões.

Maduro acrescentou que "soltar o monstro de Ramo Verde", como se refere a López, fazendo alusão ao nome da prisão militar onde aguarda a condenação, é “assunto nacional”.

O governo socialista, como também o falecido presidente Hugo Chávez, nega manter presos de consciência e afirma que uma dezena de políticos está na prisão não por suas preferências políticas, mas por violar a lei.

(Por Eyanir Chinea)

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