Maduro diz que Twitter faz parte da 'direita' e tirou seus seguidores
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira que sua conta no Twitter foi alterada pelo própria rede social para reduzir o número de seguidores, como parte de um plano da oposição para agitar o país nos próximos dias.
"Estamos descobrindo um ataque em massa envolvendo o Twitter e a direita internacional contra as contas de patriotas bolivarianos e chavistas venezuelanos, incluindo a minha, da qual acabam de tirar milhares de seguidores", disse Maduro em mensagem à Nação.
Segundo Maduro, este "ataque em massa" está ligado à manifestação chamada "auto-convocados", promovida nas redes sociais e que teria por objetivo gerar confusão e cancelar as eleições municipais de 8 de dezembro.
"Quando fazem isto é porque estão tramando algo, estão como loucos. Agora convocam para 9 de novembro os setores golpistas e fascistas da direita e a oposição para a passeata que chamam de 'auto-convocados'".
"A oposição venezuelana quer provocar um conjunto de eventos de grande magnitude, impacto negativo contra a vida econômica, social e a paz para que as eleições de 8 de dezembro sejam suspensas".
Na sexta-feira passada, Maduro anunciou a reativação dos "comandos anti-golpe" cívico-militares, criados pelo finado presidente Hugo Chávez, para combater o "golpe continuado" da oposição por meio da "guerra econômica" e da sabotagem de instalações estratégicas.
"Estamos diante da presença não apenas de uma guerra (econômica), mas também diante de um golpe continuado contra o Estado e contra o povo. Por isto, decidi e vamos (...) ativar e reativar o comando anti-golpe criado pelo comandante Chávez".
Maduro acusa a oposição pelas falhas no fornecimento de energia elétrica - como o apagão que afetou grande parte da Venezuela no início de setembro ou a explosão que em agosto de 2012 paralisou a refinaria Amuay - e pelo desabastecimento crônico no país.
A crise econômica se aprofundou na Venezuela em 2013, com contínuas altas nos preços dos alimentos e escassez de alguns produtos e os analistas projetam que a inflação alcançará 50% ao ano contra um prognóstico inicial do governo de entre 14% e 16%.
O país enfrenta uma escassez cíclica de alimentos como açúcar, café, azeite e leite, ou produtos básicos como papel higiênico.