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Maduro pede alerta com embaixada americana na Venezuela

Presidente voltou a responsabilizar os Estados Unidos por um suposto plano golpista envolvendo oficiais da Aeronáutica e líderes da oposição

15 fev 2015 - 03h50
(atualizado às 07h56)
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assiste um evento realizado em Caracas nesta foto de 4 de fevereiro
Foto: Miraflores Palace / Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste sábado que as Forças Armadas de seu país fiquem alertas com a embaixada dos Estados Unidos em Caracas, que foi acusada pelo chefe de Estado de tentar coagir os oficiais do Exército para que participassem de um golpe de Estado para derrubá-lo.

"Irmãos e irmãs da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb), máxima coesão, máxima disciplina, máxima união e olho vivo com os agentes da embaixada americana que estão procurando oficiais. Eles desgraçaram a carreira de uma minoria de oficiais que traiu seu compromisso com a Constituição e a pátria", disse o presidente em rede obrigatória de rádio e televisão.

Maduro voltou a acusar os EUA de estarem por trás de um suposto plano golpista envolvendo sete oficiais da Aeronáutica, que foram presos nesta semana, e que também teria a participação de civis e de líderes da oposição.

Protestos na Venezuela acabam em confronto:

"Agentes da embaixada americana foram os responsáveis. Vamos continuar colhendo provas de toda essa conspiração, montada pelo governo dos Estados Unidos, para que eles possam novamente dizer, com prepotência e arrogância, que são risíveis, que são ridículas", disse.

O governante se referiu assim às declarações da porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, que na sexta-feira tachou de "ridículas" as acusações de Maduro sobre o papel de Washington na organização de uma suposta tentativa de golpe.

"As últimas acusações, como todas as últimas deste tipo, são ridículas", disse Psaki que acrescentou que a política adotada há muito tempo pelos Estados Unidos é de não apoiar transições políticas por meios não constitucionais.

"As transições políticas devem ser democráticas, constitucionais, pacíficas e legais", acrescentou a porta-voz americana.

Maduro disse que a declaração de Psaki, referente a uma transição, deixa "uma mensagem muito clara" de apoio ao plano de golpe de Estado, pois na Venezuela há um governo "legítimo" e não há tal transição.

Além disso, disse que as autoridades venezuelanas estão "a ponto" de capturar o responsável por "trazer o roteiro" que orientaria os supostos golpistas, um texto que teria sido feito por "um conselheiro" da embaixada dos Estados Unidos em seu país.

"Portanto presidente (dos EUA, Barack) Obama, nem são ridículas, nem são risíveis. O senhor deveria estar preocupado, pois estão preparando - em seu nome - golpes de Estado, tentativas e atentados a governos de repúblicas democráticas como a Venezuela", acrescentou.

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EFE   
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