Maduro recusa novas eleições, mas se diz pronto para diálogo
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, rejeitou um ultimato internacional para convocar eleições dentro de oito dias e disse que o líder da oposição, Juan Guaidó, violou a Constituição do país ao declarar-se presidente.
Em entrevista à CNN da Turquia neste domingo, Maduro disse estar aberto ao diálogo e que um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, é improvável, mas não impossível.
Washington, que reconheceu Guaidó como líder, pediu no sábado que o mundo "escolha um lado" na Venezuela e se desconecte financeiramente do governo de Maduro.
Com Maduro, a Venezuela mergulhou numa crise econômica, social e política, com escassez de alimentos, uma inflação que deve subir para 10 milhões por cento este ano e protestos, que levou a uma emigração em massa.
Reino Unido, Alemanha, França e Espanha disseram que reconhecerão Guaidó se Maduro não convocar novas eleições dentro de oito dias, um ultimato que a Rússia considera "absurdo" e que o chanceler venezuelano chamou de "infantil".
Washington, Canadá, assim como a maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, e muitos países europeus classificaram as eleições do segundo mandato de Maduro, em maio passado, como fraudulentas.
Maduro mantém a lealdade das Forças Armadas, embora o principal adido militar da Venezuela aos Estados Unidos tenha desertado para o lado de Guaidó no sábado.