Mais de dois terços dos argentinos desaprovam gestão de Cristina
Sessenta e sete porcento dos argentinos não apoiam a gestão da presidente Cristina Kirchner, e 39% consideram negativo o desempenho de suas funções à frente do governo, de acordo com uma pesquisa da Opinião Pública Serviços e Mercados (OPSM) publicada nesta segunda-feira.
Elaborada com uma amostra de 1.200 entrevistas, reflete que pensam os argentinos após um 2013 marcado pela doença da presidente e o golpe que o governo sofreu na eleições legislativas de outubro.
Segundo a pesquisa, em junho de 2012, 51% dos cidadãos apoiava a gestão de Cristina, e em dezembro de 2013 o respaldo caiu para 33%.
A avaliação negativa da administração da presidente passou de 25% a 39% nos últimos 18 meses, enquanto a positiva caiu de 44,2% para 25,1%.
Os dados também mostram que 44,9% dos argentinos têm uma visão muito negativa da situação que o país atravessa o país, contra 20,6% que consideram que tudo vai bem.
Foi nos meses de abril e maio, quando a avaliação negativa subiu 13 pontos, coincidindo com as denúncias de corrupção relacionados ao kirchnerismo e as inundações na cidade de La Plata e em Buenos Aires, que deixaram quase uma centena de mortos e inumeráveis destroços.
Foi quando o governo iniciou seu polêmico projeto de reforma judicial que provocaram fortes "panelaços" de rejeição às decisões do executivo.
Entre as medidas tomadas pelo governo em 2013, 91% dos indagados considera os programas para controlar a inflação foram ruins ou muito ruins; e 71% avaliou negativamente os acordos de preços fechados com supermercados e produtores.
Também são muito criticadas as medidas adotadas para lutar contra a corrupção (74%), contra a criminalidade (76%) e as restrições às importações (67%).
Os argentinos indagados consideram que a presidente deveria insistir em solucionar a segurança (60%), a inflação (38,8%), a desocupação (31,5%) e a educação (30,9%).
71% dos argentinos acredita que do ponto de vista econômico e social o país vão mal ou muito mal, enquanto 28% está tranqüilo com a situação que vive o país nesse sentido.
Perguntados pelo futuro, 36% considera que este ano o panorama piorará, 33,6% acredita que será igual e 27,3% pensa que melhorará.