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América Latina

Malvinas: Argentina protesta por exercício militar britânico

Buenos Aires mantém um conflito territorial com Londres desde 1833, quando tropas britânicas se apoderaram do arquipélago e expulsaram a população argentina local

14 nov 2014 - 08h01
(atualizado às 08h02)
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A fragata da Marinha Real "Iron Duke" faz treinamento de explosivo em San Carlos, Malvinas
A fragata da Marinha Real "Iron Duke" faz treinamento de explosivo em San Carlos, Malvinas
Foto: Twitter

O governo argentino considerou, nesta quinta-feira, "uma nova provocação" do Reino Unido a realização de exercícios militares com disparos de projéteis nas disputadas Ilhas Malvinas - de acordo com nota divulgada pela Chancelaria.

"A Argentina teve conhecimento de que a fragata 'HMS Iron Duke' participou de um exercício militar na Baía de San Carlos, nas Malvinas, que incluiu o disparo de 136 projéteis, constituindo uma nova provocação do governo do Reino Unido", denunciou o Ministério argentino das Relações Exteriores.

Buenos Aires mantém um conflito territorial com Londres desde 1833, quando tropas britânicas se apoderaram do arquipélago e expulsaram a população argentina local para instalar uma colônia.

Segundo a Argentina, as manobras foram "uma demonstração intencional do poder de fogo do navio britânico", com a participação de "uma companhia de Infantaria britânica que faz parte da mobilização militar permanente de ocupação ilegal nas Ilhas".

"A Argentina rejeita nos termos mais contundentes essas manobras navais e militares", realizadas 350 km ao leste do território continental, completou o Ministério em uma nota à imprensa.

Em sua declaração, Buenos Aires reafirmou que os exercícios representam um "afastamento deliberado das convocações de inúmeras resoluções das Nações Unidas e de outros organismos internacionais".

O comunicado lembrou ainda que esses organismos "pedem tanto à Argentina quanto ao Reino Unido que retomem as negociações pela disputa de soberania".

A Chancelaria disse ter apresentado nesta quinta-feira uma nota de protesto à embaixada britânica.

Em 1982, a ditadura argentina do general Leopoldo Galtieri ocupou as Malvinas com suas tropas, deflagrando uma guerra que terminou com a rendição do país sul-americano, após 74 dias de combates, e com 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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