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Manifestantes incendeiam partido do governo no México

Ataque à sede do Partido Revolucionário Institucional é um protesto contra a atuação do presidente mexicano diante do desaparecimento de 43 estudantes

11 nov 2014 - 19h38
(atualizado às 19h42)
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<p>Os manifestantes, que estavam com os rostos cobertos, entraram em confronto com o batalhão de choque</p>
Os manifestantes, que estavam com os rostos cobertos, entraram em confronto com o batalhão de choque
Foto: José Luis de la Cruz / EFE

Manifestantes mexicanos incendiaram nesta terça-feira a sede do partido PRI do estado de Guerrero (sul do México), em um novo protesto contra o governo de Enrique Peña Nieto pelo desaparecimento dos 43 estudantes, possivelmente mortos.

O incêndio ocorreu durante uma tensa manifestação de professores sindicalizados e estudantes, alguns armados com paus e pedras, na cidade de Chilpancingo, capital de Guerrero.

A subsecretaria de Proteção Civil estatal informou que houve pelo menos três feridos no protesto, dois deles jornalistas. Um dos repórteres machucados é um colaborador da AFP.

<p>Durante o protesto foram jogados coquetéis molotov contra a sede do Partido Revolucionário Institucional (PRI) </p>
Durante o protesto foram jogados coquetéis molotov contra a sede do Partido Revolucionário Institucional (PRI)
Foto: José Luis de la Cruz / EFE

Professores integrantes da Coordenadoria Estadual dos Trabalhadores em Educação de Guerrero (CETEG) e estudantes, que em sua maioria estavam com os rostos tampados, confrontaram o batalhão de choque que os perseguiam pelas ruas.

Durante a marcha, foram jogados coquetéis molotov contra a sede do Partido Revolucionário Institucional (PRI) do presidente Peña Nieto.

"Cerca de 400 pessoas conseguiram ocupar o edifício da PRI e deter os funcionários, que logo foram liberados", disse Cuauhtémoc Salgado, dirigente estatal do partido, à Milenio Televisión.

A manifestação faz parte da onda de protestos exigindo que o governo encontre os 43 estudantes desaparecidos no dia 26 de setembro em Iguala. A promotoria anunciou que, segundo a confissão de detidos, os jovens foram assassinados e seus corpos queimados, mas as famílias e amigos não acreditam nessa versão e exigem que a busca seja reforçada.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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