Marcha relembra 1 mês da morte de promotor argentino
Antes de falecer, Alberto Nisman acusou a presidente, Cristina Kirchner, de acobertar os supostos responsáveis pelo atentado contra uma associação israelita em 1994
Uma "marcha do silêncio" será realizada hoje, dia 18, na capital argentina para lembrar um mês da morte do promotor Alberto Nisman, encontrado sem vida poucos dias após acusar a presidente Cristina Kirchner por supostamente ter acobertado suspeitos iranianos de realizar o ataque a um centro judaico em Buenos Aires em 1994.
Antes de falecer, em circunstâncias ainda não esclarecidas, ele havia acusado Cristina de "decidir, negociar e organizar um plano de impunidade e acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão, com o objetivo de fabricar a inocência do Irã". O ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos.
A passeata que será realizada nesta quarta-feira foi convocada por cinco promotores que disseram se sentir "ameaçados" no exercício de suas funções.
Os organizadores esperam cerca de 300 mil pessoas no ato que ficou conhecido como #18F, entre eles a família de Nisman.
Concentração terá início no final desta tarde em frente ao Congresso Nacional e percurso segue até a Casa de Governo.
Kirchneristas consideram o ato, que tem apoio de toda oposição, uma "tentativa de golpe" contra a presidente.
Cristina disse na semana passada que "nós ficamos com o canto, com a alegria, deixem que eles fiquem com o silêncio", referindo-se ao nome da marcha.