Marinha argentina diz que não há sinal do submarino
Buscas estão em fase crítica por causa do fim iminente da reserva de oxigênio da embarcação, desaparecida há sete dias com 44 tripulantes.
A Marinha argentina afirmou nesta quarta-feira (22/11) que as equipes internacionais de busca ainda não encontraram "nenhum rastro" do submarino ARA San Juan, desaparecido há uma semana com 44 tripulantes a bordo.
As buscas entraram numa fase crítica, uma vez que a embarcação possui reservas de oxigênio com duração prevista de apenas sete dias.
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O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, desmentiu informações de que sinais haviam sido detectados durante a noite. "No momento não temos nenhum rastro do submarino", afirmou. "Continuamos na fase crítica quanto ao oxigênio."
Em torno de 30 embarcações e aviões da Argentina, do Brasil, dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Chile vasculham uma enorme área no Atlântico Sul, a mais de 300 quilômetros da costa argentina. As operações envolvem cerca de 4 mil pessoas.
As aeronaves percorreram uma área de 500 mil quilômetros quadrados, mas os navios e barcos ainda não conseguiram cobrir toda a região de busca.
"Não descartamos nenhuma hipótese", afirmou o porta-voz. Ao ser perguntado se a embarcação poderia ter explodido, ele afirmou que "uma explosão dessa magnitude seria ouvida por um hidrofone no fundo do mar ou por qualquer submarino no Atlântico Sul".
Um sinal sonoro e sinais de luz que haviam sido registrados nas últimas horas na zona de buscas acabaram sendo descartados. A tripulação de um navio inglês reportou ter visto luzes de sinalizadores de emergência na região. Embarcações com sonares foram enviadas ao local, além de um avião antissubmarinos P-8 dos Estados Unidos, mas não houve nenhum registro de imagens térmicas.
Um avião antissubmarinos P-3 do Brasil realizou diversos voos em baixa altitude - a 300 metros de altura - para detectar possíveis anomalias magnéticas, mas depois de várias tentativas não conseguiu fazer nenhum registro.
O porta-voz disse que, apesar de todos os meios empregados, "não houve nenhum tipo de contato que se supusesse ser do submarino".
As famílias dos tripulantes estão reunidas numa base militar em Mar del Plata, de onde estão sendo coordenadas as buscas.
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