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México: ex-prefeito e mulher são presos por sumiço de jovens

Os dois estavam foragidos e foram detidos na cidade de Iztapalapa e são considerados autores intelectuais do desaparecimento de 43 estudantes

4 nov 2014 - 10h58
(atualizado às 10h58)
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O ex-prefeito da cidade de Iguala, José Luis Abarca, e sua esposa, implicados no desaparecimento de 43 estudantes, foram detidos em Iztapalapa, em uma operação da Polícia Federal do México, confirmou nesta terça-feira o porta-voz da instituição através do Twitter, José Ramón Salinas.

Abarca e sua esposa, María de Los Angeles Pineda, foram detidos em uma casa que tinham alugado em Iztapalapa, na capital mexicana. A proprietária que alertou a polícia sobre a presença deles.

O ex-prefeito de Iguala e sua mulher foram detidos nesta terça-feira após denúncia de que estaria em Iztapalapa
O ex-prefeito de Iguala e sua mulher foram detidos nesta terça-feira após denúncia de que estaria em Iztapalapa
Foto: Twitter

O ex-presidente municipal de Iguala e sua esposa foram transferidos para a sede da Subprocuradoria Especializada em Investigação de Delinquência, no México DF, onde prestaram depoimento.

Eles foram acusados do desaparecimento de 43 estudantes e do assassinato de outras seis pessoas de Ayotzinapa, em setembro.

No dia 26 de setembro policiais de Iguala atiraram em alunos de uma escola rural por ordens do então prefeito. Seis pessoas morreram, 25 ficaram feridas e 43 jovens foram detidos e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que se encarregou do desaparecimento deles, de acordo com as investigações da Procuradoria Geral do México.

José Luis Abarca, que estava foragido junto com sua esposa, María de Los Angeles Pineda, e o secretário de Segurança de Iguala, Felipe Flores, são considerados autores intelectuais dos fatos.

Mais de 50 pessoas envolvidas no caso já foram presas, incluindo policiais de Iguala e do município vizinho de Cocula, assim como membros do grupo criminoso, incluído o líder, Sidronio Casarrubias, que revelou que todo mês o cartel entregava elevadas somas de dinheiro ao prefeito e chegava a decidir quem poderia se integrar à corporação policial.

EFE   
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