México: identificação de estudantes mortos vai demorar meses
Amostras restantes se encontram em tão mau estado que mesmo análises especializadas e demoradas que se concentram no DNA mitocondrial podem exigir meses
Especialistas forenses austríacos precisarão de pelo menos dois meses para determinar se podem identificar as vítimas do aparente massacre de 43 mexicanos, alertaram os próprios nesta terça-feira, mas disseram que as chances são pequenas pelo fato de as amostras estarem danificadas.
O México declarou que indícios crescentes e testes iniciais de DNA confirmaram que 43 estudantes de pedagogia sequestrados por policiais corruptos 10 semanas atrás foram incinerados em um lixão por membros de um cartel de drogas.
O ataque chocou o México e atraiu atenção para o elo entre impunidade, corrupção e cartéis do narcotráfico que assola o país há anos. O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, passa por sua pior crise em função da maneira como o governo vem lidando com a investigação.
Especialistas forenses austríacos que ajudaram a solucionar o mistério do assassinato da família imperial russa identificaram um estudante no começo deste mês usando amostras enviadas à Universidade de Medicina de Innsbruck.
Mas as amostras restantes se encontram em tão mau estado que mesmo análises especializadas e demoradas que se concentram no DNA mitocondrial podem exigir meses, se é que revelarão alguma informação útil.
“Esperamos resultados nos próximos dois a três meses”, disse o biólogo
molecular Walther Parson, especialista renomado do instituto forense da Universidade de Medicina de Innsbruck, que trabalha no caso mexicano.
“As chances de resultados úteis, mesmo com DNA mitocondrial, são muito escassas, mas tentaremos tudo para criar mais perfis em potencial baseados em DNA.”
A equipe de Parson recebeu amostras biológicas de parentes dos estudantes desaparecidos que podem ser comparadas à informação genética das amostras coletadas no México.
Estudantes da Escola Raúl Isidro Burgos são tidos como desaparecidos.
Foto: Ceteg Acapulco / Facebook
Abel García Hernandez, morador da região de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Abelardo Vázquez Peniten, morador de Atliaca, Guerrero.
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Adán Abrajan de la Cruz, vive no bairro de El Fortín, em Tixtla, Guerrero.
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Alexander Mora Venancio, vive na comunidade de El Pericón, em Tecuanapa, Guerrero.
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Antonio Santana Maestro, não há informações a respeito de sua residência.
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Benjamín Ascencio Bautista, não há informações a respeito de sua residência.
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Bernardo Flores Alcaraz, não há informações a respeito de sua residência.
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Carlos Iván Ramírez Villareal, não há informações a respeito de sua residência.
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Carlos Lorenzo Hernández Muñoz, morador da Costa, de Guerrero.
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César Manuel González Hernández, morador de Huamantla, no estado de Tlaxcala.
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Christian Alfonso Rodríguez Telumbre, morador de Tixtla, Guerrero.
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Christian Tomás Colón Garnica, morador de Tlacolula de Matamoros, em Oaxaca.
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Cutberto Ortiz Ramos, não há informações a respeito de sua residência.
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Doriam González Parral, morador de Xalpatláhuac, em Guerrero, tem um irmão na mesma escola e estavam juntos quando desapareceram
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Emiliano Alen Gaspar de la Cruz é um dos 20 alunos do primeiro ano do colégio, não há informações a respeito de sua residência.
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Everardo Rodriguez Bello é morador de Omeapa, em Guerrero.
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Felipe Arnulfo Rosa morava na região do Rancho Papa, no município de Ayutla de los Libres, em Guerrero.
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Giovanni Galindes Guerrero tem 20 anos e não há informações a respeito de sua residência.
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Israel Caballero Sánchez é morador da comunidade indígena de Atliaca, que se localiza na metade do caminho entre Tixtla e Apango, municípios de Guerrero.
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Israel Jacinto Lugardo é morador de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
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Jesús Jovany Rodríguez Tlatempa estudava no primeiro ano do colégio e é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Jhosivani Guerrero de la Cruz, morador de Omeapa, comunidade localizada a 15 minutos da sede do município de Tixtla, em Guerrero.
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Jonás Trujillo González é morador da Costa Grande, na região de Ticuí, município de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
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Jorge Álvarez Nava é morador do município Juan R. Escudero, em Guerrero.
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Jorge Aníbal Cruz Mendoza é morador de Xalpatláhuac, em Guerrero.
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Jorge Antonio Tizapa Legideño é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Jorge Luis González Parral é o irmão mais velho de Doriam e também morava em Xalpatláhuac, em Guerrero.
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José Ángel Campos Cantor tem 33 anos e é, entre todos os desaparecidos, o mais velho. Ele é morador de Tixtla, em Guerrero.
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José Ángel Navarrete González, não há informações a respeito de sua residência.
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José Eduardo Bartolo Tlatempa é morador de Tixtla, em Guerrero.
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José Luis Luna Torres chegou à escola de Ayotzinapa, de Guerrero, diretamente da região de Amilzingo, em Morelos.
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Julio César López Palotzin é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Leonel Castro Abarca, nasceu na comunidade de El Magueyito, em Tecuanapa, em Guerrero.
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Luis Ángel Abarca Carrillo é da região da Costa Chica, localizada em San Antonio, no município de Cuautepec, em Guerrero.
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Luis Ángel Francisco Arzola, não há informações a respeito de sua residência.
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Magdaleno Rubén Lauro Villegas chegou à escola de Ayotzinapa depois de deixar a região de La Montaña.
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Marcial Pablo Baranda é primo de Jorge Luis e Doriam González Parral. Ele fala a língua indígena e nasceu em Xalpatláhuac, em Guerrero.
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Marco Antonio Gómez Molina é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Martín Getsemany Sánchez García é o quinto de oito irmãos, morador do município de Zumpango, em Guerrero.
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Mauricio Ortega Valerio faz parte de um povo que se denomina 'Matlalapa o Matlinalapa', localizado na região de La Montaña. Ele se preparava para ser professor bilíngue.
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Miguel Ángel Hernández Martínez tem 27 anos e não há informações a respeito de sua residência.
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Miguel Ángel Mendoza Zacarías faz parte de um povo que se autodenomina Apango. Vive no município de Mártir de Cuilapa, em Guerrero.
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Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: <p>Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.</p>
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