Milei faz 1º discurso na ONU e acusa organização de impor agenda 'socialista'
Presidente da Argentina discursou pela primeira vez na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira, 24
O presidente da Argentina Javier Milei fez seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, criticando a organização, a Agenda 2030 e a postura em relação a Israel.
O presidente da Argentina, Javier Milei, discursou pela primeira vez na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira, 24. Em sua fala diante dos demais chefes de Estado, o argentino criticou a ONU, dizendo que a organização é um "Leviatã de múltiplos tentáculos que procura decidir não só o que cada Estado-nação deve fazer, mas também como todos os cidadãos do mundo devem viver.”
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O argentino também criticou a Agenda 2030, plano de ação global para o desenvolvimento sustentável, definindo a proposta como "um programa de governo socialista supranacional que visa resolver os problemas da modernidade com soluções que ameaçam a soberania dos Estados".
Milei afirmou que a Argentina irá abandonar a "sua posição história de neutralidade" em defesa de Israel, criticando a ONU pela sua posição no conflito entre Israel e o Hamas, que já matou mais de 41 mil palestinos, sendo 15 mil crianças - do lado israelense, o número de vítimas fatais se mantém praticamente inalterado desde os ataques de 7 de outubro de 2023, com 1.500 mortos.
“Votaram sistematicamente contra o Estado de Israel, que é o único país do Médio Oriente que defende a democracia liberal”, disse o presidente, acrescentando que a ONU “demonstrou uma incapacidade de responder ao flagelo do terrorismo”.
Em outro momento, o argentino criticou também a adoção da quarentena durante a pandemia de covid-19, em 2020, afirmando que essa medida deveria ser considerada como um “crime contra a humanidade”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também discursou na manhã desta terça-feira, 24, em Nova York, na abertura do debate de chefes de Estado e de governo da 79ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
*Com informações do Clarín.