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Morales dedica vitória "anti-imperialista" a Fidel e Chávez

O governante pediu à oposição para não promover confrontos e para trabalharem unidos pela Bolívia

13 out 2014 - 07h32
(atualizado às 07h33)
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Eleitores bolivianos comemoram vitória de Morales neste domingo
Eleitores bolivianos comemoram vitória de Morales neste domingo
Foto: Gaston Brito / Reuters

O presidente da Bolívia, Evo Morales, saiu neste domingo à varanda do Palácio de governo para comemorar perante uma multidão sua vitória eleitoral, que dedicou ao líder cubano Fidel Castro, ao falecido líder venezuelano Hugo Chávez, e a todos os governos "anti-imperialistas" do mundo.

Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, teriam vencido as eleições com cerca de 60% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna e por contagem rápida divulgadas pela imprensa boliviana esta noite, à espera dos resultados da apuração oficial.

Esta prematura comemoração do presidente e suas bases se deve a que na Bolívia, historicamente, os resultados das pesquisas de boca de urna e por apuração rápida coincidem com os dados que o Tribunal Superior Eleitoral divulga após a apuração oficial.

"Pátria sim, colônia, não!" cantaram Morales e seus seguidores.

Morales e García Linera, conseguiram, segundo essas pesquisas extraoficiais, um terceiro mandato para o período 2015-2020.

O governante também disse que a vitória demonstrou que na Bolívia "não há meia lua, mas lua cheia", em referência à forma como os políticos opositores autonomistas se referiam às regiões orientais com o apelativo de "Meia Lua".

Pela primeira vez na história, Morales conseguiu a vitória no próspero departamento (estado) de Santa Cruz, antigo reduto autonomista.

Segundo Morales, seu Movimento ao Socialismo (MAS), ganhou com clareza em oito dos nove departamentos e ainda "briga voto a voto" em um deles, em alusão à região amazônica de Beni, na qual segundo as pesquisas teria vencido o opositor Samuel Doria Medina, que em nível nacional teria obtido em torno de 25%.

O governante se dirigiu à oposição, à qual pediu para não promover confrontos e para trabalharem unidos pela Bolívia.

"Pela Bolívia suportamos com muita paciência, não há porque comentar ou lembrar (...) Por isso os convocamos (os opositores) a somar, a trabalhar. Têm direito a discordar, mas acima disso está nossa querida Bolívia", acrescentou.

EFE   
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