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Morte de Hugo Chávez

Maduro cumprimenta representantes dos EUA em funeral de Chávez

8 mar 2013 - 17h13
(atualizado às 17h41)
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O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimentou nesta sexta-feira os representantes do governo dos Estados Unidos durante o funeral do chefe de Estado, Hugo Chávez, dando-lhes as boas-vindas e destacando que o país caribenho quer relações de respeito.

"Estão o ex-congressista William Delahunt e o congressista Gregory Meeks, que cumprimentamos, que foram enviados pelo presidente (Barack) Obama. Bem-vindos", disse Maduro durante o discurso que ofereceu no funeral de Chávez ao que assistiram governantes e representantes de mais de 50 nações.

O vice-presidente, que também agradeceu a presença do pastor americano Jesse Jackson, apontou que o governo venezuelano "ama" todos os povos da América, mas esclareceu que quer "relações de respeito, de cooperação, de paz verdadeira".

Maduro acrescentou que Chávez trabalhou por "um mundo sem impérios, sem nações hegemônicas, um mundo de paz que respeite o direito internacional, que seja capaz de se reunir para cooperar, para viver, para ser justo em termos de igualdade".

A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, anunciou ontem que o governo de Obama estaria representado nos funerais pelos dois congressistas, um deles aposentado, e seu encarregado de negócios em Caracas, James Derham.

As relações diplomáticas entre Venezuela e Estados Unidos foram tensas desde que Chávez chegou ao poder, em 1999, situação que chegou a um de seus piores momentos em 2010, quando ambos os países ficaram sem embaixadores.

Maduro anunciou a expulsão do adido militar da embaixada dos Estados Unidos, David Delmonaco, poucas horas antes de ser anunciada a morte de Chávez, por "propor projetos desestabilizadores" a militares em serviço.

"Conhecemos e acompanhamos a atividade ilegal, que burla e viola os convênios internacionais, deste funcionário da embaixada dos Estados Unidos", e "tem 24 horas para pegar suas malas e ir embora da Venezuela", declarou então.

Depois o chanceler da Venezuela, Elías Jaua, anunciou a expulsão de um segundo adido militar da embaixada dos Estados Unidos, David Kostal.

O governo dos EUA expressou um dia depois sua disposição a normalizar as relações com a Venezuela após o falecimento de Chávez, apesar da expulsão dos adidos militares de sua embaixada em Caracas.

EFE   
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