Morte de Chávez deixa Venezuela dividida, diz jornal
A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, anunciada nesta terça-feira, foi destaque nos principais sites internacionais de notícias. "Uma figura polarizadora que liderou um movimento", chamou o americano The New York Times.
"Chávez morre, deixando uma nação amargamente dividida", diz o jornal americano. Para a publicação, a morte do líder venezuelano após 14 anos no poder põe em cheque sua revolução socialista e altera a balança do poder no país.
A CNN diz que o líder venezuelano "ficou conhecido pelos longos discursos sobre qualquer coisa, desde os males do capitalismo à maneira correta de conservar a água durante o banho".
O britânico The Guardian chama Chávez de "líder do socialismo latino-americano". "Após Chávez, quem pegará o cálice venenoso da Venezuela?", perguntam os jornalistas do Reino Unido. "Por 14 anos, ele dominou como um colosso e, agora que caiu, também caíram suas antigas regras e certezas", diz o site, que lembra que, pela Constituição, novas eleições devem ocorrer.
"O presidente venezuelano Hugo Chávez, que foi de um jovem soldado conspirador que sonhou com uma revolução ao feroz líder anti-Estados Unidos de uma das grandes potências petrolíferas mundiais, morreu neste 5 de março em Caracas", diz o Washington Post, que destacou a "cruzada" de Chávez contra os americanos.
"As pessoas em lágrimas nas ruas", segundo o italiano La Repubblica. O espanhol El País destacou principalmente que a Constituição prevê novas eleições na Venezuela.
O venezuelano El Nacional disse que o governo de Chávez "marcou uma época" e lembrou que, assim que assumiu o poder, chamou a Constituição em vigor na época de "moribunda" e tratou de aprovar uma nova carta magna que aumentou o mandato e ainda possibilitou que se reelegesse mais duas vezes. O site destaca ainda que Maduro disse lamentar ter que anunciar ao povo "a mais trágica e dura das notícias".