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Morte de Hugo Chávez

ONG marca protesto por declarações homofóbicas de Maduro contra opositor

O presidente interino insinuou que o opositor, Henrique Capriles, seria gay: "eu sim tenho mulher", disse o chavista na segunda-feira

14 mar 2013 - 17h31
(atualizado às 18h01)
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<p>Nicolas Maduro apresenta documento que mostra que sua candidatura foi registrada oficialmente</p>
Nicolas Maduro apresenta documento que mostra que sua candidatura foi registrada oficialmente
Foto: Reuters

Membros de uma organização em defesa dos homossexuais da Venezuela criticaram nesta quinta-feira as palavras do presidente interino, Nicolás Maduro, que consideraram como desrespeitosas e contrárias à política de inclusão do falecido presidente Hugo Chávez, e convocaram uma passeata em protesto.

"Eu sim tenho mulher", disse Maduro ao inscrever sua candidatura às eleições presidenciais na última segunda-feira em alusão à solteirice de seu principal oponente, o líder da oposição Henrique Capriles. "Eu gosto das mulheres", disse e beijou sua esposa após os gritos de "beija, beija" de seus seguidores.

<p>Candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, fala durante uma coletiva de imprensa em Caracas</p>
Candidato à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, fala durante uma coletiva de imprensa em Caracas
Foto: Tomas Bravo / Reuters

Essas palavras não são de respeito "aos homossexuais nem às mulheres" e "demonstram sua homofobia e seu machismo", disse Ángel German, da Força pela Igualdade, que integra a chamada comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais).

"Queremos lembrar Maduro que o presidente Hugo Chávez nunca se indispôs com os gays e inclusive houve inclusão conosco", acrescentou German em declarações aos jornalistas em uma praça de Caracas, onde anunciou que começará a marcha no próximo domingo.

Nelson Merino, da mesma organização, disse que a manifestação será "de repúdio às palavras de Maduro" e que nela participarão membros da organização, seus parentes e amigos.

Esta mesma organização já manifestou sua rejeição a um discurso de Maduro em abril do ano passado, quando chamou de "maricas" os líderes opositores. Na época Maduro admitiu seu erro e pediu desculpas.

"Nós não estamos defendendo a liderança da oposição. Simplesmente exigimos que não utilizem a diversidade sexual como arma, como ofensa, porque denigre a condição das pessoas homossexuais", afirmou um comunicado da comunidade LGBTI na época.

EFE   
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