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Morte de Hugo Chávez

Venezuela: Maduro apresenta candidatura como "filho" de Chávez

11 mar 2013 - 13h40
(atualizado às 15h18)
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Nicolas Maduro apresenta documento que mostra que sua candidatura foi registrada oficialmente
Nicolas Maduro apresenta documento que mostra que sua candidatura foi registrada oficialmente
Foto: Reuters

O presidente encarregado da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou hoje no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sua candidatura ao pleito de 14 de abril como "filho" do falecido chefe de Estado Hugo Chávez.

Maduro foi recebido na entrada e nas imediações do CNE, na praça Diego Ibarra, por milhares de apoiadores do chavismo, a maioria vestida com a tradicional cor que os identifica, o vermelho. "Aqui venho cumprir sua ordem com o amor maior que ele cultivou em nosso coração. Não sou Chávez, mas sou seu filho", afirmou Maduro diante das autoridades eleitorais.

O presidente encarregado apresentou o mesmo programa que Chávez anunciou há nove meses, após se candidatar mais uma vez à presidência da Venezuela. "A nove meses exatamente do nosso comandante entregar este programa da pátria, eu o tomo em minhas mãos e o entrego com o amor, com as lágrimas, com a dor, mas também com a esperança maior de um povo que despertou e nunca mais dormirá nem será dominado", afirmou Maduro ao se dirigir a presidente do CNE, Tibisay Lucena.

Maduro saúda seguidores do chavismo após registrar sua candidatura
Maduro saúda seguidores do chavismo após registrar sua candidatura
Foto: Reuters

Maduro lembrou que em 8 de dezembro do ano passado, dois dias antes de Chávez viajar para Cuba para se operar novamente do câncer que o levou à morte, o líder afirmou que se algo ocorresse com ele, seus seguidores deveriam continuar com sua bandeira, causa e programa e seguir "a batalha rumo à consolidação da pátria". O presidente interino entregou "em nome do comandante Hugo Chávez" e do povo o "programa da pátria" e se comprometeu a cumpri-lo de 2013 até 2019.

Usando uma jaqueta com a bandeira venezuelana como estampa, Maduro chegou à sede do órgão eleitoral, no centro de Caracas, em um ônibus e sob gritos de "Com Chávez e Maduro o povo está seguro". Um grande aparato de segurança foi montado nos arredores do CNE.

O político estava acompanhado do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, da ex-congressista colombiana Piedad Córdoba e de vários funcionários do Executivo e do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), legenda de Hugo Chávez.

Maduro jurou como presidente encarregado na sexta-feira, mesmo dia do funeral de Chávez. O CNE anunciou no sábado que em 14 de abril os venezuelanos irão as urnas para escolher o presidente que ficará no cargo até 2019, quando terminará o mandato iniciado em janeiro.

EFE   
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