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Mujica diz que pensa em adotar 40 crianças e jovens ao final do mandato

15 dez 2013 - 11h52
(atualizado às 11h54)
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O presidente do Uruguai, José Mujica, pensa em adotar entre 30 e 40 crianças e jovens pobres para ensinar-lhes a trabalhar com a terra, informou neste domingo a imprensa local. "Tenho a ideia de agarrar 30 ou 40 guris pobres e levá-los pra viver comigo", revelou o líder durante um jantar para arrecadar fundos organizado na sexta-feira pela coalizão governante de esquerda Frente Ampla.

O chefe de Estado disse a um jornalista do jornal El Observador que pensa em concretizar seu desejo depois que tirar "a roupa folgada" que lhe pesa, em alusão ao mandato presidencial, destaca o site da publicação.

O Uruguai terá eleições entre outubro e novembro de 2014 e o presidente deve entregar o mandato ao vencedor no dia 1º de março de 2015. No país a reeleição está proibida pela Constituição.

Mujica, de 78 anos, e sua esposa a senadora, Lucía Topolansky, de 69, vivem em uma chácara de 26 hectares na periferia de Montevidéu, onde compartilham há anos residência e trabalho de campo com várias famílias de poucos recursos econômicos.

Antes de chegar à presidência, Mujica plantava e vendia flores em feiras vizinhas como forma de vida e ainda hoje trabalha na terra e quando tem tempo dirige um trator por seus campos, segundo disse, "para pensar melhor".

Mujica e Lucía, que se conheceram em sua juventude e estiveram presos em duras condições antes e durante a ditadura (1973-1985) por integrar o movimento guerrilheiro Tupamaros, não têm filhos e se casaram em outubro de 2005 em cerimônia íntima.

Em 2006, quando o agora presidente era ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do primeiro governo de esquerda na história do Uruguai (2005-2010) iniciou os trâmites para instalar uma escola agrária em seu chácara, mas o projeto não concretizou-se. O presidente, que vive em condições humildes e afastado de luxos e tecnologia, doa quase todo seu salário para um plano que criou para a construção de casas destinadas a famílias pobres.

EFE   
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