Mujica pede a libertação de alguns detentos de Guantánamo
A liberação de "dois ou três" cubanos é condição para o recebimento de prisioneiros de Guantánamo
O presidente uruguaio, José Mujica, indicou nesta sexta-feira que pediu aos Estados Unidos que libertem "dois ou três" prisioneiros cubanos em troca de receber em seu país prisioneiros de Guantánamo.
"Dissemos que pediríamos algo em troca", declarou Mujica durante seu programa no rádio.
"Nós não fazemos isso por dinheiro ou coisas materiais, mas não temos nenhum escrúpulo em dizer que solicitamos ao governo dos Estados Unidos que faça o possível para libertar dois ou três prisioneiros cubanos que há muitos anos estão nesta prisão, porque isso também é uma vergonha", disse ele, garantindo que as negociações ainda "estão longe de serem concluídas".
Na quinta-feira, Mujica confirmou que aceitou que seu país receba cinco prisioneiros de Guantánamo, a pedido dos Estados Unidos.
O Uruguai se tornará o primeiro país sul-americano a aceitar detentos da prisão, que abriga acusados de terrorismo.
"É um pedido por uma questão de direitos humanos. Mais de 120 pessoas estão presas há 13 anos. Não viram um juiz, não viram um procurador, e o presidente dos Estados Unidos quer se livrar desse problema", explicou Mujica a jornalistas.