Mujica pega carona com Kirchner 2 semanas após chamá-la de 'velha'
Encontro entre os dois presidentes aconteceu duas semanas após a polêmica frase do uruguaio, que chamou de 'velha' e 'teimosa' sua colega argentina
O primeiro encontro entre a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o seu colega José Mujica aconteceu no final da tarde desta quinta-feira, no Aeroparque, em Buenos Aires, duas semanas após o uruguaio chamá-la de “velha” e “teimosa”, e de “vesgo” o ex-presidente Néstor Kirchner. Mujica pegou carona no Tango 1, o avião oficial da presidência argentina, para ir à reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas, que acontece esta noite em Lima, no Peru.
Cristina chegou de helicóptero e, em um rápido trajeto até o avião oficial, cumprimentou e abraçou Mujica. Os dois seguiram juntos para Lima. O governo do Uruguai não tem avião oficial, por isso, Mujica havia anunciado que iria à cúpula em um voo regular da companhia Taca. A partida dos dois mandatários foi transmitida ao vivo pela televisão estatal da Argentina.
Há duas semanas, Mujica se viu no centro de uma polêmica após sua frase - “essa velha é pior que o vesgo”, em referência ao casal Kirchner – vazar pouco antes de uma entrevista. A declaração repercutiu na imprensa dos dois países e o governo argentino chegou a divulgar uma dura nota lamentando a declaração do presidente do Uruguai sobre Néstor Kirchner.
Durante o voo, a presidente argentina enviou vários tweets. Em um deles, brincou sobre o assunto: "Sim, sou meio teimosa e, além disso, estou velha. mas, depois de tudo... é uma sorte poder chegar a ser velho, não?".
Sí, soy medio terca, y además estoyvieja. Pero después de todo…es una suerte poder llegar a viejo, no?
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 19 de abril de 2013
Cristina e Mujica participam, na noite desta quinta-feira, da reunião extraordinária da Unasul para tratar sobre o resultado das eleições na Venezuela. Segundo o presidente da Bolívia, Evo Morales, a expectativa é que o bloco divulgue, no final do encontro, uma carta reconhecendo o resultado do pleito, vencido pelo chavista Nicolás Maduro por menos de 300 mil votos de diferença para o opositor, Henrique Capriles.