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Narcotráfico mexicano sofre duro golpe com morte de Chayo

10 mar 2014 - 01h55
(atualizado às 01h57)
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O governo do México deu neste domingo (data local) um duro golpe no narcotráfico ao matar em um choque armado um dos principais "capos", que já tinha sido dado por morto há mais de três anos, embora desta vez haja um corpo. Trata-se de Nazario Moreno González, conhecido como "El Chayo", que liderava o cartel La Familia Michoacana e que dirigia o grupo criminoso que surgiu dessa organização, Los Cabaleros Templários.

Chayo era um dos personagens mais conhecidos e temidos do estado de Michoacán, responsável por extorsões, sequestros e "múltiplos homicídios", confirmou hoje um porta-voz de segurança do governo, Monte Alejandro Rubido.

Em 10 de dezembro do 2010, o então porta-voz de segurança, Alejandro Poiré, informou a morte de Chayo durante um confronto registrado na véspera perto da cidade de Apatzingán, em Michoacán.

Oficialmente, seu cadáver foi recuperado pelo grupo, o que nunca permitiu ao governo de Felipe Calderón provar a morte do traficante, e com o tempo a suposta morte de Chayo caiu no descrédito.

Em Michoacán, e especialmente na região conhecida como Terra Quente, Chayo era dado por muitos como vivo. Embora não aparecesse publicamente, continuava operando como um dos dirigentes dos "templários", que têm forte presença em Michoacóan.

A suposta morte de Chayo há mais de três anos finalmente aconteceu quando o capo do narcotráfico morreu ao enfrentar militares que queriam detê-lo perto do município de Tumbiscatío, em Michoacóan.

Desta vez as autoridades têm seu cadáver. A identidade foi confirmada comparando as impressões digitais dos registros oficiais com as do corpo da pessoa que se suspeitava poderia ser Nazario Moreno.

A pista de Chayo era buscada há várias semanas. O cerco se fechou quando dia 7 as autoridades apreenderam um veículo e um equipamento de comunicação que se acreditava ser de propriedade do traficante. O porta-voz de segurança do Governo mexicano, Monte Alejandro Rubido, não detalhou se o capo estava acompanhado de outras pessoas e se além dele houve outras vítimas no choque armado.

A morte do Chayo é a última de uma série de sucessos oficiais contra os "templários" desde que o governo federal entrou no estado, que alguns analistas acreditavam estar à beira de ser considerado como "fracassado".

Os "templários" chegaram a controlar territórios de Michoacán e suas vias, seqüestravam, extorquiam os produtores agrícolas e empresários da região e arrecadavam cotas como se fossem impostos, em meio a um vazio de autoridade.

Tudo isso motivou o surgimento, há um ano, dos primeiros grupos de civis armados que foram contra os abusos dos "templários", e que com o tempo se estenderam por diversos pontos de Michoacán.

Em janeiro, o governo de Peña Nieto decidiu tomar as rédeas da situação, assumir funções de segurança que sempre deveriam ter sido do estado e dos municípios e enviar milhares de soldados e policiais para garantir a segurança na região.

Desde então foram detidos vários dirigentes dos "templários". E as autoridades deram um duro golpe às finanças da quadrilha ao apreender mais de 100 mil toneladas de minerais cujo comércio e exportação ilegal estava a cargo dos "templários".

EFE   
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