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Nisman pediu prisão de Kirchner em rascunho de denúncia

O rascunho foi redigido por Nisman em junho de 2014 e encontrado na lata de lixo de sua casa após o promotor ser achado morto

3 fev 2015 - 11h38
(atualizado às 12h00)
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<p>Promotor teria feito rascunho com pedido de prisão à presidente argentina</p>
Promotor teria feito rascunho com pedido de prisão à presidente argentina
Foto: NA

O promotor Alberto Nisman pediu a prisão da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em rascunhos da denúncia apresentada contra a governante por suposto acobertamento dos autores do atentado contra a associação judaica Amia, em 1994, admitiu nesta terça-feira a promotora que investiga sua morte.

Viviane Fein afirmou para a rádio Vorterix que os esboços da denúncia de Nisman pediam a prisão da presidente, assim como foi divulgada pela imprensa argentina.

Desta forma, Fein contradisse comunicado divulgado ontem pelo Ministério Público, que negou a existência de minutas da denúncia pedindo a detenção de Cristina, e explicou que o erro ocorreu por um "erro de interpretação" de suas palavras.

<p>Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento em janeiro deste ano</p>
Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento em janeiro deste ano
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

Segundo o jornal Clarín, o rascunho foi redigido por Nisman em junho de 2014 e encontrado na lata de lixo de sua casa após o promotor ser achado morto por um disparo na cabeça em 18 de janeiro.

Quatro dias antes de morrer, Nisman denunciou a presidente, o chanceler argentino, Héctor Timerman, e vários dirigentes ligados ao governo por orquestrar um plano para encobrir os suspeitos iranianos pelo atentado de 1994, que deixou 85 mortos.

Segundo sustentava Nisman, o suposto acobertamento foi fruto de um acordo de entendimento assinado em 2013 entre a Argentina e o Irã.

Sua morte, que a Justiça qualificou como "duvidosa", aconteceu na véspera do promotor apresentar no Congresso detalhes da denúncia.

Kirchner dissolve Inteligência após morte de promotor:

Arma tinha apenas DNA do promotor argentino:

EFE   
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