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Novos saques deixam 1 morto e 40 feridos na Argentina

9 dez 2013 - 10h45
(atualizado às 14h18)
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Policiais protestaram por aumentos salariais em La Plata nesta segunda-feira
Policiais protestaram por aumentos salariais em La Plata nesta segunda-feira
Foto: AFP

Pelo menos uma pessoa morreu e 40 ficaram feridas nas últimas horas na Argentina durante novos saques durante protestos policiais por aumento salarial, que se estenderam a seis províncias do país e causaram ao todo três mortes, disseram nesta segunda-feira fontes oficiais.

A última vítima morreu eletrocutada na madrugada desta segunda-feira na cidade de Concordia, na província de Entre Ríos (a 430 quilômetros de Buenos Aires), informou o governador provincial, Sergio Uribarri. "Tudo indica que estava no local dos saques", confirmou hoje Uribarri à emissora "Todo Noticias", sem dar mais detalhes sobre o ocorrido.

O chefe de gabinete argentino, Jorge Capitanich, advertiu nesta segunda-feira que os tumultos foram parecidos em todas as províncias: começaram com uma greve de policiais por reivindicações salariais e quadrilhas organizadas aproveitam a ausência de forças de segurança para roubar e "gerar caos e tensão". "Não é o método nem a maneira de propor reivindicações salariais gerando extorsão aos governos provinciais", disse Capitanich sobre as exigências policiais, em declaração à imprensa.

Na véspera do 30º aniversário do retorno da Argentina à democracia, Capitanich afirmou que os incidentes que sacodem o país são inéditos e propositais. "Não é por acaso que esse aspecto autoritário pretenda solapar as bases de legitimidade democrática, ao se completarem 30 anos de democracia ininterrupta", disse ele na Casa Rosada.

Os protestos policiais começaram na semana passada em Córdoba (a 700 quilômetros de Buenos Aires), onde morreu uma pessoa, mais de 200 ficaram feridas e 100 foram detidas durante uma onda de roubos e saques que causou graves prejuízos em pelo menos mil lojas da cidade.

Desde então, os distúrbios se estenderam por Buenos Aires, Rio Negro, Santa Fé, Neuquén, Catamarca e Chaco. Em Córdoba, Neuquén e Catamarca, os policiais voltaram às ruas após conseguir acordos com as autoridades provinciais por salários melhores.

O governo federal esclareceu sua responsabilidade nos conflitos salariais, já que as policiais provinciais dependem dos governos locais, mas durante o fim de semana enviou reforços da guarda civil e da Prefeitura para prevenir uma onda de saques como a de Córdoba.

EFE   
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