O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, indagou nesta terça-feira o que o ex-técnico da CIA Edward Snowden sabe para ter provocado toda essa "loucura histérica" no governo dos Estados Unidos e "quase ter provocado o assassinato" do presidente da Bolívia, Evo Morales.
"Os EUA entrou em fase de loucura. O que saberá este jovem Snowden que ocasionou toda essa loucura histérica na elite do governa contra todos os países do mundo, fato que quase provoca o assassinato do presidente Evo Morales", afirmou Maduro durante um ato de graduação de militares.
Em um discurso transmitido pelo canal estatal VTV, o líder reiterou que, por causa destas ações do "imperialismo", seu país e outros da América Latina, como a Nicarágua e a Bolívia, ofereceram asilo ao americano.
No entanto, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, declarou hoje que Snowden não ratificou a solicitação de asilo à Venezuela. Caso esse pedido seja efetuado, Jaua ressaltou que é preciso "ver as condições de segurança" para garantir a proteção do americano.
O ministro das Relações Exteriores confirmou que o presidente venezuelano manifestou sua vontade de dar asilo a Snowden "se as condições citadas estiverem ao alcance do país". No entanto, para que isso ocorra, Jaua esclareceu que, "em primeiro lugar", o americano "teria que estar em território venezuelano".
Maduro ofereceu "asilo humanitário" a Snowden na última sexta-feira e ontem chegou a confirmar que seu governo tinha recebido a solicitação de asilo do americano, que, por sua vez, se encontra na zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetyevo desde o último dia 23 de junho (após ter deixado Hong Kong).
Snowden é acusado de violar a lei de espionagem americana depois de ter divulgado detalhes de dois secretos programas de vigilância de registros telefônicos e comunicações na internet por parte das agências do governo.
Snowden, que teve seu passaporte cassado, deve retornar aos Estados Unidos antes de seguir viagem a qualquer outro país.
Evo canta o hino nacional boliviano ao lado do vice-presidente Álvaro García Linera
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Bolivianos queimam bandeira francesa em frente à embaixada do país, em La Paz. Eles protestam contra o fato de o governo da França ter impedido o presidente Evo Morales de sobrevoar o seu território
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Bolivianos penduram cartazes em embaixada em La Paz com palavras contra o governo francês
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Seguidores de Evo Morales se revoltaram contra a decisão que levou o presidente boliviano a fazer uma parada forçada de 13 horas na Áustria
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Bolivianos acusam a França de agir de acordo com os interesses dos Estados Unidos
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Avião do presidente boliviano, Evo Morales, pousa em Grã Canária
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O presidente boliviano, Evo Morales, embarca em seu avião após finalmente ser liberado para deixar a Áustria
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Morales conversa com repórteres no aeroporto de Viena
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Evo Morales conversa com repórteres ao lado do presidente austríaco, Heinz Fischer, no aeroporto Schwchat, em Viena
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Morales passa a noite em saguão no aeroporto de Viena enquanto não possui autorização para reabastecer seu avião e retornar à Bolívia. Em conversa divulgada pela presidente argentina Cristina Kirchner, Morales teria dito: "não vou deixar que revistem meu avião, não sou ladrão"
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O avião oficial boliviano partiu de Moscou na terça-feira à tarde rumo à Bolívia. Quando se aproximava da França, foi informado que não poderia entrar no espaço aéreo do país. Após negativas de outras nações, decidiu aterrissar em Viena, explicaram fontes bolivianas
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Lideranças sul-americanas planejam organizar uma reunião da Unasul para apoiar Evo
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"Parece uma atitude condenável, um ato discriminatório contra a Bolívia e o presidente Evo Morales", disse o ministro da Defesa boliviano, Rubén Saavedra
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Avião presidencial boliviano, um Falcon 900 EX, fica estacionado em uma das pistas do aeroporto de Viena