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Opositoras de Maduro pedem que Dilma defenda os direitos humanos na Venezuela

12 jun 2015 - 21h59
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Um grupo de opositoras venezuelanas foi nesta sexta-feira à embaixada do Brasil em Caracas para enviar uma carta a presidente Dilma Rousseff, na qual pedem que ela interceda e defenda o respeito pelos direitos humanos no país.

"Não podemos deixar de pedir, com todo respeito à senhora presidente Dilma, que some sua voz a dos democratas do mundo e interceda perante o governo da Venezuela, pedindo pela plena vigência e respeito dos direitos humanos em nosso país", assinalaram as opositoras na carta.

O grupo foi liderado por Lilian Tintori e Mitzy Capriles, esposas dos políticos presos Leopoldo López e Antonio Ledezma, e pela dirigente da oposição María Corina Machado. As três foram à representação diplomática brasileira em Caracas vestidas de branco e carregando flores nas mãos.

"Ela tem uma enorme responsabilidade na política do continente e sabemos que nessas horas sua ação seria decisiva", afirmou María Corina, fazendo referência ao passado da presidente, "perseguida durante a cruel ditatura no Brasil".

A ex-deputada se referiu aos casos de López, que faz greve de fome há duas semanas, e de seu companheiro no partido Vontade Popular (VP), o também preso Daniel Ceballos, que encerrou ontem o jejum iniciado no dia 22 de maio ao considerar como cumpridas parte de suas exigências.

Mais de 80 pessoas, entre deputados, dirigentes políticos e estudantes, estão em greve de fome para exigir que os opositores detidos, considerados como presos políticos, sejam libertados. Eles também exigem que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determine a data das eleições parlamentares que devem ser realizadas ainda neste ano.

O grupo pede, além disso, que o pleito conte com observação internacional qualificada da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) e defende "o fim da censura, da repressão e da perseguição no país".

"Seguimos apoiando todas as pessoas que hoje estão em greve de fome e esperamos que liberem todos os presos políticos. Por isso, estamos aqui na embaixada do Brasil. Nos parece fundamental que a presidente Dilma peça pela libertação dos presos políticos na Venezuela", afirmou Lilian.

Ceballos e López estão presos a mais de um ano. Eles são acusados de terem envolvimento nos atos de violência ocorridos nos protestos antigovernamentais realizados no ano passado, que deixaram 43 mortos e centenas de venezuelanos feridos.

EFE   
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