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América Latina

Opositores venezuelanos fecham ruas em protesto

2 mai 2017 - 13h24
(atualizado às 15h04)
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Opositores de Nicolás Maduro fecham via durante protesto após convocação de Assembleia Constituinte
Opositores de Nicolás Maduro fecham via durante protesto após convocação de Assembleia Constituinte
Foto: Reuters

Centenas de opositores em Caracas e várias cidades da Venezuela bloquearam ruas e avenidas em protesto à convocação do presidente do país, Nicolás Maduro, de uma Assembleia Nacional Constituinte para transformar o Estado venezuelano e reformular o ordenamento jurídico.

A iniciativa impulsionada pela aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) para fechar as principais vias de circulação do país foi colocada em prática em dezenas de pontos da capital venezuelana e do interior.

O protesto, que se soma a mais de um mês de manifestações opositoras, foi convocado em rejeição ao anúncio de Maduro de uma Assembleia Nacional Constituinte como o único meio, a seu julgamento, de alcançar a paz no país.

Os opositores levam cartazes pedindo a renúncia do presidente chavista, o acusam de ditador, e de violar a Constituição criada há 16 anos por iniciativa de seu antecessor, Hugo Chávez, em um processo similar.

Opositores de Nicolás Maduro fecham via durante protesto após convocação de Assembleia Constituinte
Opositores de Nicolás Maduro fecham via durante protesto após convocação de Assembleia Constituinte
Foto: EFE

A iniciativa de Maduro foi qualificada pelos líderes da oposição como um novo "golpe de estado", e uma estratégia para retardar as eleições presidenciais, que estão previstas constitucionalmente para 2018, mas que os opositores tentam fazer com que sejam realizadas este ano.

O chefe do Parlamento, o opositor Julho Borges, assegurou hoje que a convocação de uma Assembleia Constituinte representa o "aniquilamento" da democracia do país e insistiu na rebelião popular para evitá-la.

"Se todos não derem tudo, corremos o risco de que ocorra o que o mundo inteiro está lutado, junto conosco, para evitar, que é o aniquilamento da democracia", disse Borges em uma entrevista com a emissora local "Éxito".

O processo prevê a eleição de 500 representantes da comunidade, através de votação popular, para formar um corpo legislativo que se encarregará de redigir ou modificar a nova Constituição.

Esta transformação pode culminar na refundação de todos os poderes públicos, inclusive os de eleição popular.

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EFE   
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